Eu estou numa ressaca escrevística, por isso vou agora apenas fazer um bate papo bloguístico com vocês, amigos do blogue.
O word fala que escrevística e
bloguístico não existem, mas ele não sacou ainda que quem manda sou eu.
Esses dias eu li o original de uma
escritora. Eu faço esse serviço de ler originais e orientar o escritor sobre as
incoerências, inconstâncias, falta de ritmo, falhas de continuidade, erros
graves de ortografia. Erros cometidos pelo narrador (tem muito isso), e erros
no tempo em que os acontecimentos se passam.
Acontece que essa escritora ainda
estava um pouco crua. Ela errava coisas muito básicas.
A história dela era muito interessante, mas as coisas aconteciam aos montes, sem muita explicação, sem pé nem cabeça.
O word quer que em vez de “sem pé nem cabeça”, eu escreva: “sem fundamento.” Ele é chato pra caramba!
Bom voltando ao que estávamos conversando antes de sermos interrompidos; eu aconselhei a moça a ler alguns clássicos, a ler alguns bons e bem escritos livros policiais, que é o estilo dela, a ler alguns livros voltados exclusivamente para escritores e a aconselhei a ir com calma nos acontecimentos da história dela.
Mostrei pra ela como os personagens apareciam do nada, e até como uma personagem principal, não tinha passado, presente e apenas existia.
Ela não gostou e me apresentou toda uma história daquela personagem, e eu gostei muito, mas tinha um problema: tudo estava apenas na cabeça dela.
Quando eu disse: — Muito bom! Parabéns! Mas reparou que é só você que sabe disso tudo, e o seu leitor não?
Putz! Isso caiu como uma bomba pra ela, que não tinha percebido até então que o livro era apenas um rascunho da grande ideia, cheia de pormenores, que ela tinha na cabeça.
Ela parou de escrever o livro por enquanto, e disse que era para pensar melhor.
Ficou chateada consigo mesma, (e talvez comigo, apesar de jurar de pé junto que não), mas resolveu parar o livro.
Isso é muito mais comum do que a gente imagina. As pessoas têm ideias maravilhosas, mas não colocam tudo no papel. Por isso, vemos hoje alguns livros que seriam maravilhosos com 50 ou 100 páginas a mais.
Uma outra escritora, que escreve histórias da época dos barões do café, entendeu o que eu estava dizendo e ajustou o seu livro, que também estava corrido e fora de ritmo, no final o livro ficou muito bom.
Eu entendo que talvez bata uma preguicinha na hora de escrever, e o autor fica sem coragem de colocar tudo que está em sua cabeça, tintim por tintim, no seu livro. Mas essa preguiça estraga o produto final.
Por isso que eu sempre digo: Vamos ler os clássicos, vamos ler livros bons do gênero que escrevemos, vamos estudar gramática!
Escrever não é fácil!
Até escrever um blogue não é fácil.
Esse livro que coloquei a capa acima, é sensacional para quem quer se aventurar nessa maluquice, que é, escrever.
Tudo se resolve com uma boa conversa, bom conselho e leitura! E é por essas e outras que não escreveria um livro nunca!rs abraços, boas folias! chica
ResponderExcluirChiquinha, queria ver você escrevendo um conto.
ExcluirTenho certeza que você consegue!
Bom carnaval!
Boa tarde de Paz, André!
ResponderExcluirSe formos nos colocar como "doutores da lei"... na certa não escreveremos livros por medo de sermos julgados com a mesma crueldade com que julgamos.
Se nos colocarmos como aprendizes, vamos nos aprimorando, com o passar do tempo. Corrigindo os arquivos, reformulando pensamentos e colocações. Tento fazer assim aos poucos e sou escritora amadora, nos seja, não sou profissional. Estou revisando sempre todos meus arquivos. É uma vantagem de ser escritora independente.
Aprendo a cada ano e os blogs nos ajudam muito. Faço caso quem ensina sem querer ensinar. Os humildes têm livre acesso ao meu coração.
Os soberbos, eu dispenso sequer de ler e, de comentar, muito menos.
Confesso que me ajudou muito ler Machado de Assis completo por mérito do meu padrinho. José de Alencar e outros renomados para vestibulares e ao longo da vida foram arsenais de aprendizado.
Amo ler e vou aprendendo.
Uma coisa é certa, se não nos arriscarmos, por medo de uma língua ferina que só critica e nada faz, não ouvimos quem de fato tem muito a nos ensinar.
Vou aproveitar o Carnaval para começar a ler seu livro.
Estou no processo de aprendizagem constante. O máximo que estou aprimorando são minicontos e romances. Não quero escrever o que não gosto de ler.
Excelente crônica bem colocada no tema!
Tenha dias abençoados!
Abraços fraternos
Isso mesmo Roselia.
ExcluirPor isso que eu aconselho as pessoas as lêrem classicos e estudar.
Eu mesmo, sei alguma coisa, mas vivo estudando gramática, e lendo livros para escritores, tentando melhorar. Mas as pessoas querem tudo pra ontem, e não querem fazer a coisa como deve ser feita.
Ah, que legal, que vai cameçar a ler meu livro. Depois me fala o que achou.
Um abraço, bom carnnaval e boa leitura!
Falando nisso, homi seu mininu, você não me disse se leu o livro Lemurion todo....péssimo leitor de originais você é...(apesar desse já estar publicado....hahh)
ResponderExcluirSe é verdade que existe algumas técnicas para se escrever romances de todos os gêneros ou livros técnicos, é verdade também que para escrever bem, antes de tudo, é preciso saber ler bem. Ninguém que não é um bom leitor será um bom escritor, isso é regra básica, todo mundo sabe. Mas acontece de você ser um bom leitor e nunca consegui escrever nadica de coisa nenhuma, pois eu acho que escrever é antes de tudo, um talento genético. Assim como jogar bola.
Esse livro aí na foto "Para Ler Como Um Escritor" é sensacional, gostoso demais de se ler.
Dudualdo! Então! As pessoas querem escrever mas não querem ler.
ExcluirIsso é até um egocentrismo. Leiam o que escrevo, mas eu não leio o que você escreve.
Vou ler o Lemurion. Tá na fila!!
Um abraço!
Concordo em gênero e grau com você André: escrever não é nada fácil, exige muito estudo, paciência em estudar as regras de gramática e também leitura voraz contínua e ilimitada de grandes obras e clássicos da literatura para a gente começar a ter um "exíguo" rascunho na nossa cabeça de uma obra.
ResponderExcluirEu comecei a escrever muito cedo e até ganhei uma bicicleta em um concurso de redação com apenas 9 anos de idade. E agradeço a meu pai por ter me dado a coleção do Monteiro Lobato logo que eu aprendi a ler, foi o que me ajudou.
Entretanto essa arte é difícil, prosseguir neste mundo da escrita precisa de muita dedicação, assim como você o faz de forma destemida, ajudando as pessoas que precisam de conselhos para fazer uma grande obra. Mas as pessoas querem ser ouvidas, mas não querem ouvir. E como você muito bem mencionou, muitos querem escrever, mas não querem ler. Sem reciprocidade nada se sustenta não é verdade?
É por isso que me encontrei em edições de vídeos musicais, porque escrevo superficialmente sobre uma canção no blog e me dedico totalmente na jogada das imagens para o vídeo ficar pronto. É muito mais simples. Deixo a escrita para vocês escritores, poetas e poetisas para brilharem no mundo da leitura enquanto eu apenas aplaudo uma grande obra. Assim tudo fica muito mais leve!!
Até mais amigo e obrigada por esse bate papo incrível!! :))))
André,
ResponderExcluirEscrever para outros lerem e
não ler autores referências
na escrita nacional e
mundial, não é admissível.
Bora lá, ler e ir aprendendo.
Bjins
CatiahôAlc.