Essa foi minha primeira postagem nesse blog, mas na época ninguém seguia e ninguém leu, hahahahaha.
Hoje pra comemorar o final do ano, resolvi postá-lo de novo.
Ele é um texto que fala de um nascimento, e aproveitando o nascimento de mais um ano, eu venho aqui desejar a todos vocês amigos, um ano novo que seja um "SHOW" de paz de alegrias e bençãos de Deus!
Agradeço a paciência e a amizade que vocês tiveram comigo esse ano, lendo, comentando e as vezes até gostando das verdades e bobagens que escrevo. Mais bobagens que verdades...
Muito obrigado e um abraço a todos!!!!
E o show vai começar ...
Abrem-se as cortinas .
O publico está ali ... Esperando ...
As luzes ? Ok !
O som ? Ok !
Um ... dois ... três , testando .
Um ... dois três , testando .
Um ... dois ...
As luzes ?
O som ? Ok !!!
Respeitavel público ... E agora com vocês , o mais espetacular show da terra !
Os risos ... Os olhares ... Os dentes à mostra !
Alegria , alegria !
Vamos sorrir .
Respeitavel público ... E agora com vocês , o show !!!
O show da vida !
O palco é a sua vida , o público é você , a bilheteria é a sua sorte ou o seu azar , o roteiro é você quem escreve , baseado num enredo sugerido por Deus ... Atores convidados : Seu pai , sua mãe , seus amigos , seus inimigos , e mais alguns figurantes contratados de ùltima hora .
E o show vai começar ...
Ela se contorce de dor , o homem de branco repete insistentemente : _ Força ... força ... Vamos você póde , força !
E o show vai começar ...
Ela se contorce de dor , e o show está começando , está dilatando , está despontando , está sangrando , está ... está ...
Luzes ? Ok !
Som ? Ok !
Umas palmadas na bunda !
Um choro anuncia .
Um choro anuncia .
Um choro anuncia o começo de mais um show !!!!
O show começou !
Ela sorri , ela é a mãe !
Ele sorri , ele é o pai !
Todos batem palmas ... É o show .
O show da vida .
Respeitável público , aqui agora , tem inicio o show mais espetacular da terra ... O ator acabou de nascer , o ator principal de seu show , mas o ator coadjuvante do show do seu pai , e de sua mãe , e do seu médico , e da enfermeira ... e ... enfim , somos um emaranhado de shows , que vem e que vão , com público ou não !!!
Você é o ator e ao mesmo tempo o “ videspectador “ ...
Luzes ? Ok !
Som ? Ok !
Um , dois , três ... Começou !!!!!
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Água e óleo se misturam sim
Minha esposa é uma comédia, uma linda comédia diga-se de passagem, de passagem pra vocês leitores, porque pra mim ela é linda e ponto!
Ela é uma comédia porque ela tem um jeitinho muito marrento de ser, ela se acha a durona, de vez em quando quer dar uma de mandona, (olha esses sapatos na sala!!! Olha esses CDs espalhados pela casa!!! Vai ficar rolando com a Frida no quintal... não é você que lava as roupas né? Tá achando que sou escrava???), essas coisas que as esposas duronas sempre falam.
Ela fala dormindo também, e fala muuuuuuiiiito e todas as noites, só que aí quando ela fala dormindo a mascara de durona some... Quando eu chego pra deitar se eu fico até mais tarde assistindo TV, ou escrevendo alguma coisa ou desenhando, eu então me deito do lado dela e ela começa a me tatear, tatear, tatear, e depois de tatear meu rosto ela sempre fala: _ Graças a Deus!!! Nóssa vocês não sabem como isso é legal!
Quando a gente se conheceu a gente era igual água e óleo, ela sempre foi uma menina de família criada para se casar, e eu pra fazer rolo por aí, ela era evangélica radical e eu roqueiro que curtia punk rock, ela nunca tinha bebido um gole de cerveja e nem sabia que gosto tinha e eu já tinha tomados uns vááááários porres, ela não saía a noite e tinha hora pra chegar em casa e eu saia e não tinha hora pra voltar pra casa, minha mãe é que sofria coitada...Ela só tinha namorado um carinha e largou dele quando ele quis dar uma de taradão e eu era mulherengo e não perdoava um rabo de saia! Ela foi criada numa família um pouco fria, sem calor humano, muito correta mas muito fria, e a minha família meus tios e tias, meus primos e primas são todos malucos, festeiros, brigões e amorosos, eu era dez anos mais velho que ela, já tinha feito faculdade, trabalhava de dia e lecionava como professor substituto à noite e ela ainda estava no terceiro colegial... Então como eu falei nós éramos a água e o óleo... Muita gente falava mal de mim pra ela, que eu iria ser um mal namorado, que eu era mulherengo, que eu era malvadão, mas ela resolveu correr o risco.
Hoje nós aprendemos a nos entrosar, ela cedeu muito pra viver comigo, e eu cedi muito pra viver com ela, eu hoje sou evangélico graças a Deus, mas sou roqueiro ainda, aprendi a peneirar as coisas boas das más, e ela é uma evangélica roqueira também, só que bem menos que eu, hoje a gente sai pra onde quer, faz o que quer, e se dá muito bem. Ela entende meu jeito amalucado e criança, de falar as coisas que me vem à cabeça, de perder o amigo mas não perder a piada, e de ser nervosão quando estou na razão, e eu entendo o jeito delicado, educado e até submisso dela com respeito à sua família, ela respeita os mais velhos e pode chorar sozinha mas não responde um “A” quando é magoada. E a gente tão diferente conseguiu fazer uma química tão boa e virar uma família feliz, que tem sim os seus quebra paus de vez em quando, mas que dura alguns minutinhos...
Eu tenho visitado vários blogs, e muitos deles são verdadeiros diários, onde “geralmente”, as meninas sempre falam de meninos que são muito diferentes e que então elas tem medo de sofrer, e elas escrevem aqueles poemões chorosos que até molham de lágrimas a tela do meu computador... Elas se preocupam que o cara vai traí-las, que ele vai sumir no mundo, que ele é muito rebelde e um mooooonte de dúvidas absurdas, que no fundo acabam fazendo com que elas talvez deixem passar o verdadeiro amor da vida delas (e deles).
Gente se o cara (ou a menina) lhes fizer sofrer sacudam a poeira e partam pra outra, a vida é boa justamente porque ela nos dá a chance de recomeçar. Se a Andréia não tivesse corrido o risco hoje certamente a gente não estaria junto e com certeza estaríamos menos felizes!!!!
Ela é uma comédia porque ela tem um jeitinho muito marrento de ser, ela se acha a durona, de vez em quando quer dar uma de mandona, (olha esses sapatos na sala!!! Olha esses CDs espalhados pela casa!!! Vai ficar rolando com a Frida no quintal... não é você que lava as roupas né? Tá achando que sou escrava???), essas coisas que as esposas duronas sempre falam.
Ela fala dormindo também, e fala muuuuuuiiiito e todas as noites, só que aí quando ela fala dormindo a mascara de durona some... Quando eu chego pra deitar se eu fico até mais tarde assistindo TV, ou escrevendo alguma coisa ou desenhando, eu então me deito do lado dela e ela começa a me tatear, tatear, tatear, e depois de tatear meu rosto ela sempre fala: _ Graças a Deus!!! Nóssa vocês não sabem como isso é legal!
Quando a gente se conheceu a gente era igual água e óleo, ela sempre foi uma menina de família criada para se casar, e eu pra fazer rolo por aí, ela era evangélica radical e eu roqueiro que curtia punk rock, ela nunca tinha bebido um gole de cerveja e nem sabia que gosto tinha e eu já tinha tomados uns vááááários porres, ela não saía a noite e tinha hora pra chegar em casa e eu saia e não tinha hora pra voltar pra casa, minha mãe é que sofria coitada...Ela só tinha namorado um carinha e largou dele quando ele quis dar uma de taradão e eu era mulherengo e não perdoava um rabo de saia! Ela foi criada numa família um pouco fria, sem calor humano, muito correta mas muito fria, e a minha família meus tios e tias, meus primos e primas são todos malucos, festeiros, brigões e amorosos, eu era dez anos mais velho que ela, já tinha feito faculdade, trabalhava de dia e lecionava como professor substituto à noite e ela ainda estava no terceiro colegial... Então como eu falei nós éramos a água e o óleo... Muita gente falava mal de mim pra ela, que eu iria ser um mal namorado, que eu era mulherengo, que eu era malvadão, mas ela resolveu correr o risco.
Hoje nós aprendemos a nos entrosar, ela cedeu muito pra viver comigo, e eu cedi muito pra viver com ela, eu hoje sou evangélico graças a Deus, mas sou roqueiro ainda, aprendi a peneirar as coisas boas das más, e ela é uma evangélica roqueira também, só que bem menos que eu, hoje a gente sai pra onde quer, faz o que quer, e se dá muito bem. Ela entende meu jeito amalucado e criança, de falar as coisas que me vem à cabeça, de perder o amigo mas não perder a piada, e de ser nervosão quando estou na razão, e eu entendo o jeito delicado, educado e até submisso dela com respeito à sua família, ela respeita os mais velhos e pode chorar sozinha mas não responde um “A” quando é magoada. E a gente tão diferente conseguiu fazer uma química tão boa e virar uma família feliz, que tem sim os seus quebra paus de vez em quando, mas que dura alguns minutinhos...
Eu tenho visitado vários blogs, e muitos deles são verdadeiros diários, onde “geralmente”, as meninas sempre falam de meninos que são muito diferentes e que então elas tem medo de sofrer, e elas escrevem aqueles poemões chorosos que até molham de lágrimas a tela do meu computador... Elas se preocupam que o cara vai traí-las, que ele vai sumir no mundo, que ele é muito rebelde e um mooooonte de dúvidas absurdas, que no fundo acabam fazendo com que elas talvez deixem passar o verdadeiro amor da vida delas (e deles).
Gente se o cara (ou a menina) lhes fizer sofrer sacudam a poeira e partam pra outra, a vida é boa justamente porque ela nos dá a chance de recomeçar. Se a Andréia não tivesse corrido o risco hoje certamente a gente não estaria junto e com certeza estaríamos menos felizes!!!!
sábado, 25 de dezembro de 2010
Um aumento pro papai Noel
Um pai normal, que ganha um salário normal de até três salarios mínimos, se for comprar perú, panetone, champagne,uma cervejinha, uns refrigerantes, nozes, castanha, frutas pra colocar na mesa, e ainda se tiver que comprar presentes de natal para um ou dois filhos, uma roupinha pra esposa e um bermudão novo pra ele, e se tiver que repetir tudo isso no ano novo, menos os presentinhos, só acrescentando uma langerie branca e uma cuécona branca, porque a mulher viu na tv que isso dá sorte na hora da virada... E ainda pagar água, luz, aluguel e telefone... Me desculpem, mas essa conta fecha no vermelho! Aí meu amigo, ele já vai começar o ano devendo...
E viva a democracia!!
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Chegou o Natal
Amigos, chegou o natal!
Mais uma vez comemoramos a benção que Deus nos deu quando mandou seu filho Jesus Cristo ao mundo para morrer puro e sem pecados para assim assumir o papel de cordeiro e pagar com sua morte os pecados imperdoáveis dos homens!
Sei que muitos de vocês meus amigos virtuais e reais, não são cristãos e alguns nem acreditam em Deus, respeito vocês e os amo do mesmo jeito, e sei que no momento certo Deus vai se apresentar a vocês!
Mas mesmo assim, não pensem no Natal apenas como uma maneira de beber, comer, ganhar presentes e enlouquecer, pensem no natal como uma forma de amar sua familia, amar seus amigos, amar as pessoas, e desejar felicidade a todos!
A relação de amizade e de bem estar entre as pessoas e a alegria de ver um amigo feliz, independe de religião...
Dar presente é muito bom, mas o sentimento sincero que vem do coração é muito melhor!
Desejo muita paz, alegrias e muito amor na vida de vocês, e desejo também que Deus os abençoe muitão!
Mais uma vez comemoramos a benção que Deus nos deu quando mandou seu filho Jesus Cristo ao mundo para morrer puro e sem pecados para assim assumir o papel de cordeiro e pagar com sua morte os pecados imperdoáveis dos homens!
Sei que muitos de vocês meus amigos virtuais e reais, não são cristãos e alguns nem acreditam em Deus, respeito vocês e os amo do mesmo jeito, e sei que no momento certo Deus vai se apresentar a vocês!
Mas mesmo assim, não pensem no Natal apenas como uma maneira de beber, comer, ganhar presentes e enlouquecer, pensem no natal como uma forma de amar sua familia, amar seus amigos, amar as pessoas, e desejar felicidade a todos!
A relação de amizade e de bem estar entre as pessoas e a alegria de ver um amigo feliz, independe de religião...
Dar presente é muito bom, mas o sentimento sincero que vem do coração é muito melhor!
Desejo muita paz, alegrias e muito amor na vida de vocês, e desejo também que Deus os abençoe muitão!
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
A culpa é de quem?
sábado, 18 de dezembro de 2010
Acostumar a amar...
Na minha cidade tem uma família de catadores de papel que são mais conhecidos que o prefeito. No começo eles eram três o Milão mais velho, o Milão do meio e o Milão mais novo... É que a cidade toda chama eles de Milão. A uns três anos atrás o Milão do meio morreu, só ficou o Milão mais velho que trabalha catando papelão no calçadão e no centro da cidade, e o mais novo que trabalha nos bairros. O mais velho é uma comédia, conhece todo mundo, mexe com todo mundo, não pode ver uma mulher bonita que faz gracinha, não pode te ver que pede um real pra tomar um guaraná, e vive dando trabalho e trabalhando nas ruas do centro da cidade.
A uns dez anos eu comecei a chamar o Milão mais novo de Quinhentinho e o pior é que esse apelido pegou. O Quinhentinho também cata papel, mas ele também faz uns rolos com baboseiras tipo presentinhos que ele compra, troca, vende e financia. Quando saem esses presentinhos da coca- cola, ou de qualquer outro tipo de produto ele junta as embalagens, troca e depois troca de novo por outras coisas, depois vende e só faz rolo. Seu nome é Jorginho, ele deve tomar banho todo dia, mas não lava o pé, e nem os braços, que estão sempre sujinhos, ele anda com um chinelão derrapando na sujeira no xulé, e não tá nem aí. Eu sempre falo pra ele lavar o pé mas não adianta.
Mas na verdade eu não quero falar dos Milões eu quero mesmo é falar de três amigos inseparáveis do Quinhentinho, três vira-latas bonitões que vão onde o Quinhentinho for, com a maior alegria do mundo. Adoram aquele cheiro de xulé dele, adoram andar pela cidade fazendo rolos e catando papelão. O Quinhentinho vai todos os dia na loja onde eu trabalho tomar café, os três cachorros deitam na frente da loja e ficam esperando ele sair. Quando ele sai os cachorros chegam a chorar de alegria, pulam, latem e lambem seu dono porquinho!
Eu vi um monge budista falar que o espírito do cachorro pode vir a ser um espírito de gente, e numa encarnação qualquer o homem também pode voltar como animal, vi um espírita falando que cachorro vir a evoluir até virar um espírito humano póde, mas o contrário não. Eu como sou cristão não posso acreditar em nada disso, porque a Bíblia não fala nada sobre reencarnação, apesar de algumas doutrinas forçarem a barra e dizerem que ela fala sim. Mas uma coisa eu vou falar, o amor que a Frida tem por mim e pela minha esposa, e o jeito que ela nos olha quando estamos tristes, ou quando estamos alegres, o jeito que os cachorros do Quinhentinho gostam dele... Puxa vida... Pode ser que eles nunca venham a ser gente, porque acho que assim eles “involuiriam”, ou seja voltariam atrás no quesito amar sem se importar com as aparências...
Uma vez o padre Fabio de Melo disse que os cachorros não amam a gente e sim se acostumam com a gente... Ah se todos os homens fossem acostumados uns com os outros assim como a Frida é acostumada comigo...
A uns dez anos eu comecei a chamar o Milão mais novo de Quinhentinho e o pior é que esse apelido pegou. O Quinhentinho também cata papel, mas ele também faz uns rolos com baboseiras tipo presentinhos que ele compra, troca, vende e financia. Quando saem esses presentinhos da coca- cola, ou de qualquer outro tipo de produto ele junta as embalagens, troca e depois troca de novo por outras coisas, depois vende e só faz rolo. Seu nome é Jorginho, ele deve tomar banho todo dia, mas não lava o pé, e nem os braços, que estão sempre sujinhos, ele anda com um chinelão derrapando na sujeira no xulé, e não tá nem aí. Eu sempre falo pra ele lavar o pé mas não adianta.
Mas na verdade eu não quero falar dos Milões eu quero mesmo é falar de três amigos inseparáveis do Quinhentinho, três vira-latas bonitões que vão onde o Quinhentinho for, com a maior alegria do mundo. Adoram aquele cheiro de xulé dele, adoram andar pela cidade fazendo rolos e catando papelão. O Quinhentinho vai todos os dia na loja onde eu trabalho tomar café, os três cachorros deitam na frente da loja e ficam esperando ele sair. Quando ele sai os cachorros chegam a chorar de alegria, pulam, latem e lambem seu dono porquinho!
Eu vi um monge budista falar que o espírito do cachorro pode vir a ser um espírito de gente, e numa encarnação qualquer o homem também pode voltar como animal, vi um espírita falando que cachorro vir a evoluir até virar um espírito humano póde, mas o contrário não. Eu como sou cristão não posso acreditar em nada disso, porque a Bíblia não fala nada sobre reencarnação, apesar de algumas doutrinas forçarem a barra e dizerem que ela fala sim. Mas uma coisa eu vou falar, o amor que a Frida tem por mim e pela minha esposa, e o jeito que ela nos olha quando estamos tristes, ou quando estamos alegres, o jeito que os cachorros do Quinhentinho gostam dele... Puxa vida... Pode ser que eles nunca venham a ser gente, porque acho que assim eles “involuiriam”, ou seja voltariam atrás no quesito amar sem se importar com as aparências...
Uma vez o padre Fabio de Melo disse que os cachorros não amam a gente e sim se acostumam com a gente... Ah se todos os homens fossem acostumados uns com os outros assim como a Frida é acostumada comigo...
domingo, 12 de dezembro de 2010
Podemos ser um Noel também!
Eu vejo essas pessoas que falam que se lembram de tudo o que aconteceu com elas desde que eram crianças, desde que tinham três ou quatro anos, que se lembram “como se fosse hoje”, aí eu penso que então eu sou ruim das cacholas... Porque eu não me lembro de quase nada! Na verdade eu tenho uns flaches de algumas coisas que me aconteceram e que geralmente não sei porque, são lembranças de momentos não tão felizes.
O pensamento mais antigo que lembro é um muito triste, de um homem que vendia biju na rua, que vinha com aquela matraca de madeira batendo “plac plac plac plac! _ Olha o bijuuuuuuu!”, e então eu que deveria ter uns três anos, (sei disso pela casa em que a gente morava), e ainda não conhecia dinheiro fui correndo em casa e peguei uma nota qualquer que estava por ali e corri pra comprar o biju, o homem disse que o dinheiro não dava, então eu voltei correndo e peguei outro dinheiro que encontrei, fui correndo e ele disse que ainda não dava, eu falei pra ele esperar e voltei correndo vasculhei a casa toda e arranjei mais umas notas, fui de novo ao bijuzeiro que pegou minhas notas todas amassadas na minha mãozinha de criança e falou para as outras crianças que estavam em volta dele: _ Olha o dinheiro dele, hahahaha, não dá pra nada e até parece dinheiro de bêbado, hahahahaha! Vai embora moleque, seu dinheiro não dá pra comprar nada, hahahaha.
E todos os meninos deram risada da minha cara... Essa é a lembrança mais antiga que eu tenho, de um bijuzeiro velho e desumano...
Outra lembrança muito antiga deve ser do ano seguinte, no natal, que é o natal que eu recebi meu primeiro presente do papai Noel, e eu já tinha quatro anos. Até então meu pai que trabalhava muito, mas também adorava gastar com as maravilhas da noite, não deixava faltar o básico em casa, que era comida, aluguel, água e luz, fora isso tudo era luxo, um chocolate olha lá que deveria ser uma vez a cada três ou quatro meses, refrigerante deveria dar pra uma semana e não era toda semana que tinha... Nesse contexto de humildade e pobreza eu pedi numa redação da escola que o papai Noel me desse uma bola “dente de leite”, que era uma bola que tinha naquele tempo, que parecia uma bexigona, e que hoje em dia as crianças não querem nem ver.
Lembro que meu pai foi a cozinha, voltou, e se deitou na cama com minha mãe, eu dormia numa cama ao lado, porque nossa casa só tinha um quarto um banheiro e uma cozinha, depois de algum tempo meu pai falou: _ André, você escutou esse barulho na cozinha? Vai lá ver o que é?
Eu fui e me lembro da bola ali em cima da pia! Embrulhada num papel vermelho... Puxa! O papai Noel havia lido a minha redação!
Meu natal não teve nada além da bola, eu nem sabia o que era panetone, não teve refrigerante, leitoa assada, churrasco... Imagina se isso era possível... Mas não importava nada disso, porque eu tinha ganhado uma bola dente de leite! O que mais que eu iria querer.
Esses dias eu estava pensando em como a vida melhorou, apesar de não ter mais meu pai aqui entre a gente, mas mesmo pouco antes dele morrer ele já havia resolvido ser pai de família de verdade, e as coisas foram melhorando e melhorando. Eu dou graças a Deus por tudo o que ele tem me dado de bom na vida.
Sabe eu estava assistindo a uns três anos uma reportagem sobre garotos muito pobres, que estavam pedindo ao papai Noel lhes trazer alguma coisa no natal, um carrinho, uma bolinha, uma roupinha, qualquer coisa...
Então eu resolvi que iria ao correio ser um papai Noel de alguma criança daquelas que escrevem pedindo presentes. Desde então eu faço isso todo Natal, eu sei que só vai o presentinho que a criança pediu, não vai churrasco, nem leitoa assada, e talvez essa criança também nem saiba o que é panetone, mas eu me lembro da felicidade que a bola dente de leite que o papai Noel me trouxe me deu, e posso falar que valeu a pena!
O pensamento mais antigo que lembro é um muito triste, de um homem que vendia biju na rua, que vinha com aquela matraca de madeira batendo “plac plac plac plac! _ Olha o bijuuuuuuu!”, e então eu que deveria ter uns três anos, (sei disso pela casa em que a gente morava), e ainda não conhecia dinheiro fui correndo em casa e peguei uma nota qualquer que estava por ali e corri pra comprar o biju, o homem disse que o dinheiro não dava, então eu voltei correndo e peguei outro dinheiro que encontrei, fui correndo e ele disse que ainda não dava, eu falei pra ele esperar e voltei correndo vasculhei a casa toda e arranjei mais umas notas, fui de novo ao bijuzeiro que pegou minhas notas todas amassadas na minha mãozinha de criança e falou para as outras crianças que estavam em volta dele: _ Olha o dinheiro dele, hahahaha, não dá pra nada e até parece dinheiro de bêbado, hahahahaha! Vai embora moleque, seu dinheiro não dá pra comprar nada, hahahaha.
E todos os meninos deram risada da minha cara... Essa é a lembrança mais antiga que eu tenho, de um bijuzeiro velho e desumano...
Outra lembrança muito antiga deve ser do ano seguinte, no natal, que é o natal que eu recebi meu primeiro presente do papai Noel, e eu já tinha quatro anos. Até então meu pai que trabalhava muito, mas também adorava gastar com as maravilhas da noite, não deixava faltar o básico em casa, que era comida, aluguel, água e luz, fora isso tudo era luxo, um chocolate olha lá que deveria ser uma vez a cada três ou quatro meses, refrigerante deveria dar pra uma semana e não era toda semana que tinha... Nesse contexto de humildade e pobreza eu pedi numa redação da escola que o papai Noel me desse uma bola “dente de leite”, que era uma bola que tinha naquele tempo, que parecia uma bexigona, e que hoje em dia as crianças não querem nem ver.
Lembro que meu pai foi a cozinha, voltou, e se deitou na cama com minha mãe, eu dormia numa cama ao lado, porque nossa casa só tinha um quarto um banheiro e uma cozinha, depois de algum tempo meu pai falou: _ André, você escutou esse barulho na cozinha? Vai lá ver o que é?
Eu fui e me lembro da bola ali em cima da pia! Embrulhada num papel vermelho... Puxa! O papai Noel havia lido a minha redação!
Meu natal não teve nada além da bola, eu nem sabia o que era panetone, não teve refrigerante, leitoa assada, churrasco... Imagina se isso era possível... Mas não importava nada disso, porque eu tinha ganhado uma bola dente de leite! O que mais que eu iria querer.
Esses dias eu estava pensando em como a vida melhorou, apesar de não ter mais meu pai aqui entre a gente, mas mesmo pouco antes dele morrer ele já havia resolvido ser pai de família de verdade, e as coisas foram melhorando e melhorando. Eu dou graças a Deus por tudo o que ele tem me dado de bom na vida.
Sabe eu estava assistindo a uns três anos uma reportagem sobre garotos muito pobres, que estavam pedindo ao papai Noel lhes trazer alguma coisa no natal, um carrinho, uma bolinha, uma roupinha, qualquer coisa...
Então eu resolvi que iria ao correio ser um papai Noel de alguma criança daquelas que escrevem pedindo presentes. Desde então eu faço isso todo Natal, eu sei que só vai o presentinho que a criança pediu, não vai churrasco, nem leitoa assada, e talvez essa criança também nem saiba o que é panetone, mas eu me lembro da felicidade que a bola dente de leite que o papai Noel me trouxe me deu, e posso falar que valeu a pena!
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Namoradinhos caninos
A Fridona minha cachorra tá no cio de novo, puxa vida como aparece cara de pau balançando o rabinho no meu portão só interessado em dar umazinha e depois sumir no mundo...
O Rex, um cachorro que mora a três quarteirões de casa agora resolveu montar campana na minha calçada, e o pior é que o vagabundão é mais viralata que a Fridona, que é sem raça definida mas é bonitona, bem tratada, vacinada, é quase uma lady canina.
Ontem eu estava lá no quintal quando vi o Rex que adora rolar numa carnicinha ou no cocô de cavalo, trazer pra Frida um pedaço de cocô de cavalo que ele pegou no meio da rua e colocar bem pertinho do meu portão pra ver se a Frida ia gostar e dar uma roladinha em cima também... Ah... essa foi demais... Eu enchi um balde d’agua e vim pelo ladinho do muro, aproveitei que ele estava tooodo apaixonado de focinho colado na grade do portão e então tichbummmmm, mandei água nas ventas dele! Foi bom porque acho que ele nem nunca tomou um banho na vida...
Sabe, eu ainda não tenho filhos, sou casado a quatro anos e minha linda esposa vai parar agora de tomar remédio pra gente ter um filhinho ou filhinha, então eu fiquei pensando, nesses pais que já tem filhas por aí e quantos Rexsis humanos existem por aí, só pensando em dar umazinha e sumir no mundo... Quantos estão levando cocô para as meninas de família por aí? Cocô em forma de maconha, de cocaína, de crack... Gente, eu acho que quando tiver uma filha eu vou sempre ter um balde de água quente esperando esses malandros chegarem...
E a vida como está hoje em dia, difícil e cheia de gente mal intencionada, mal criada, sem cultura, sem educação e sem limites impostos por seus pais, que acham que as famílias dos outros é o mesmo bacanal que a família deles, Acho que todos os pais deveriam ter seus baldes d’agua atrás do muro de casa, quem sabe assim um monte de problemas seriam evitados!
O Rex vazou... saiu correndo porque não identificou aquela coisa estranha que joguei nele chamada água, mas hoje cedo já tava lá do outro lado da rua olhando desconfiado pro meu portão, e a malandra da Frida do lado de cá olhando toda apaixonada... O duro é que tem menina que é boba assim mesmo, sabe que o cara não presta mas não quer nem saber...
Aí quando faz uma merda na vida vai toda chorosa para o colo do pai, ou vai sofrer pelo resto da vida, quando não tem a vida abreviada por uma doencinha dessas comuns chamadas AIDS, ou umas droguinhas experimentadas em algumas baladinhas.
É gente, olhem a vida de vocês porque vocês não são cachorro, a vida é grande e por isso temos que nos relacionar com gente boa e honesta. Quanto a Fridona... Hummmm, acho que vou encher mais uns baldes d’agua...
O Rex, um cachorro que mora a três quarteirões de casa agora resolveu montar campana na minha calçada, e o pior é que o vagabundão é mais viralata que a Fridona, que é sem raça definida mas é bonitona, bem tratada, vacinada, é quase uma lady canina.
Ontem eu estava lá no quintal quando vi o Rex que adora rolar numa carnicinha ou no cocô de cavalo, trazer pra Frida um pedaço de cocô de cavalo que ele pegou no meio da rua e colocar bem pertinho do meu portão pra ver se a Frida ia gostar e dar uma roladinha em cima também... Ah... essa foi demais... Eu enchi um balde d’agua e vim pelo ladinho do muro, aproveitei que ele estava tooodo apaixonado de focinho colado na grade do portão e então tichbummmmm, mandei água nas ventas dele! Foi bom porque acho que ele nem nunca tomou um banho na vida...
Sabe, eu ainda não tenho filhos, sou casado a quatro anos e minha linda esposa vai parar agora de tomar remédio pra gente ter um filhinho ou filhinha, então eu fiquei pensando, nesses pais que já tem filhas por aí e quantos Rexsis humanos existem por aí, só pensando em dar umazinha e sumir no mundo... Quantos estão levando cocô para as meninas de família por aí? Cocô em forma de maconha, de cocaína, de crack... Gente, eu acho que quando tiver uma filha eu vou sempre ter um balde de água quente esperando esses malandros chegarem...
E a vida como está hoje em dia, difícil e cheia de gente mal intencionada, mal criada, sem cultura, sem educação e sem limites impostos por seus pais, que acham que as famílias dos outros é o mesmo bacanal que a família deles, Acho que todos os pais deveriam ter seus baldes d’agua atrás do muro de casa, quem sabe assim um monte de problemas seriam evitados!
O Rex vazou... saiu correndo porque não identificou aquela coisa estranha que joguei nele chamada água, mas hoje cedo já tava lá do outro lado da rua olhando desconfiado pro meu portão, e a malandra da Frida do lado de cá olhando toda apaixonada... O duro é que tem menina que é boba assim mesmo, sabe que o cara não presta mas não quer nem saber...
Aí quando faz uma merda na vida vai toda chorosa para o colo do pai, ou vai sofrer pelo resto da vida, quando não tem a vida abreviada por uma doencinha dessas comuns chamadas AIDS, ou umas droguinhas experimentadas em algumas baladinhas.
É gente, olhem a vida de vocês porque vocês não são cachorro, a vida é grande e por isso temos que nos relacionar com gente boa e honesta. Quanto a Fridona... Hummmm, acho que vou encher mais uns baldes d’agua...
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