Se você gosta de séries ou se liga no
que está acontecendo nos streamings e na vida dos grandes astros de Hollywood, certamente
já ouviu falar de Yelowstone.
Yelowstone é uma série que conta a
história da família Dutton, que é uma família que tem uma fazenda enorme no
estado americano de Montana há 7 gerações.
A fazenda é cercada por uma reserva
indígena e pela cidade urbana, que parece estar um pouco estacionada no tempo,
justamente porque a área rural onde a maior é Yelowstone, trava o avanço da
modernidade.
No seriado vemos que a família dos
Dutton, chefiada pelo pai John, é uma família totalmente esfacelada. Os filhos: Beth, Kayce e Jamie, tem problemas uns com os outros e com o mundo. O pai, agora
viúvo, se preocupa muito mais com ter poder e mandar na fazenda, na cidade, na
lei, na política, do que na sua própria casa.
Os americanos chamam suas fazendas
de rancho, e o rancho Yelowstone tem vários cowboys que moram em um alojamento
e que depois de ficarem ali por um tempo e participarem de algumas
atrocidades, são marcados como gado pelo capataz Rip, e não podem mais sair do
rancho; o que quase sempre eles escolhem fazer por livre e espontânea vontade.
Na última temporada, o ator Kevin
Costner, que interpretava o patriarca John Dutton, alegou problemas com o contrato e com sua agenda e não participou das
gravações da série, por isso o seu personagem teve que sumir, deixando os fãs da série
revoltados com o ator e com a direção.
Bom... Vamos lá!
A série é boa. Prende a gente do
início ao fim. Tem reviravoltas absurdas, que fazem a trama ficar cada vez mais
interessante.
A família Dutton, principalmente a
Beth, é uma personagem complexa, com incontáveis camadas psicológicas, que
fazem dela uma vilã e heroína ao mesmo tempo.
Na verdade, todos da família e
alguns dos empregados são ao mesmo tempo heróis e vilões. E aqui é que está o “X”
da questão, pela qual eu resolvi escrever essa crônica.
Os Dutton fazem qualquer coisa pela sobrevivência
de seu rancho, que está ameaçado pela reserva indígena e pela cidade que quer
se modernizar, e invadir suas terras. Qualquer coisa mesmo. Matar, torturar,
julgar, enforcar, sumir com os corpos, mandar na lei e na justiça com mão de
ferro, infiltrar na política da região, interferir em ações na bolsa de valores,
destruir carreiras e demitir pessoas sem qualquer motivo e pisar em todos que
possam ser empecilho.
Mas apesar de serem seres desprezíveis,
eles são mostrados de uma forma tão humana, desnudados de suas intimidades, com múltiplas fraquesas e questões psicológicas, traumas e carências, que a gente acaba entendendo e até
torcendo por eles.
Mas isso está errado! A série
desperta na gente uma sensação de apresso pelo mal. De afeição ao monstro que o
ser humano pode ser quando o poder está em jogo.
Essa série nos mostra e joga na
nossa cara, porque os políticos são tão desprezíveis e porque tanta gente apoia
isso. Nós, seres humanos sempre tomamos um lado na disputa, e as vezes não
olhamos e nem pensamos no que estamos fazendo. Estamos sendo manipulados e torcemos
pelo lado ruim sem pestanejar.
Tem um personagem que nos é
apresentado como vilão, que é o presidente da reserva indígena; que a gente
pega birra, o vê como inimigo e quer que ele se ferre, mas que na verdade durante as seis
temporadas, não fez absolutamente nada de errado ou fora da lei. Inclusive, deu
vários conselhos para os Dutton, abrindo-lhes os olhos para as besteiras que
eles estavam fazendo.
Olha que doido isso!
Se você ainda não assistiu
Yelowstone, vale a pena assistir, é um drama familiar psicológico de altíssima qualidade.
No final, as coisas acabam se
encaixando e o pior, nós ficamos chateados porque nossa torcida era para acabar
diferente. Como espectadores... Nesse caso, torcemos pela maldade e pela
loucura pelo poder. Tudo o que dizemos que mais abominamos na vida.
Ótima dica.Série bem apresentada e trazida aqui!
ResponderExcluirabração, lindo fevereiro, chica
Oi Chica!
ExcluirÉ... realmente é uma série cativante, que impregna na gente.