segunda-feira, 26 de junho de 2017

Um dia de cada vez






Nós fazemos planos para o futuro, sofremos por antecedência, imaginamos diálogos, imaginamos situações, nos frustramos porque nossos planos perfeitos não vingaram, e por isso fazemos outros planos, e imaginamos como seria bom se o novo plano desse certo, enquanto a vida vai passando, e a gente correndo atrás do vento, e os dias vão passando e a gente sofrendo, lutando, trabalhando, e os ponteiros do relógio vão girando, e nosso corpo vai mudando, vai cansando, e ufa! Não chegamos em lugar nenhum...
A felicidade, acabamos descobrindo depois de muito penar, não está em lugar nenhum, ela não está enterrada debaixo de um coqueiro, numa ilha deserta, guardada numa arca que só o mapa que está na perna de pau do capitão Flint tem a localização.
E se em uma fantasia, encontrássemos essa arca que nos mostrasse essa tal felicidade, com certeza, dentro da arca estaria um espelho.
A felicidade deveria estar dentro da gente! Ela deveria ser o prazer de dar amor a quem se ama, e receber amor de quem se ama, e compartilhar sua vida com quem se ama. Se apaixonar pela namorada, pela esposa, pelos filhos, pela mãe, pelos irmãos, pelo cachorro, pela vida!
A felicidade deveria ser a chave para viver um dia de cada vez! Cronologicamente, um dia de cada vez. Sonhando e fazendo planos sim, mas com consciência de que tudo virá ao seu tempo, e a vida se encarregará, juntamente com o tempo, de cooperar a seu favor, se você tiver paciência em suas lutas, vivendo felizmente cada dia, sem se render as frustrações.
Dez em cada dez suicidas se frustraram com a vida. Não souberam lidar com os problemas do dia a dia, não entenderam que sonhos podem ou não ser realizados, se enfiaram em poças de lama, cavando cada vez mais pra baixo, se enrolando cada vez mais, e, não souberam detectar os amores à sua volta. Dez em cada dez suicidas, não entenderam que a vida é assim mesmo, cruel e doce, revolta e tranquila...
Não existe outro caminho à felicidade que não seja o amor ao próximo, o desprendimento de nossos egos, a humilhação pessoal, o entendimento de que ninguém é melhor que ninguém, começando da gente. Quando entendermos isso, os dias vão clarear, os sorrisos vão brotar mais facilmente em nossas faces, a vida vai ser mais fácil de ser vivida, e certamente faremos mais amigos, mais laços de companheirismo, e traremos mais paz ao nosso coração, e assim, viveremos nossa vida, um dia de cada vez, dias cruéis e dias doces, dias revoltos e dias tranquilos, do jeitinho que Deus inventou.






terça-feira, 20 de junho de 2017

Só sei, que nada sei...






Eu fico me perguntando como é que pode ter gente intelectual, letrada, sábia e ao mesmo tempo, egocêntrica e metida. Na minha opinião uma coisa não combina com a outra!
Pra uma pessoa ser intelectual, no mínimo ela deve ser uma pessoa que lê bastante, que entende um da vida, das relações das pessoas através da história, que estudou e que se interessa pelas coisas.
Uma pessoa dessas, deve saber que nós não somos nada, que ninguém é melhor que ninguém, e que não é a sabedoria ou a quantidade de conhecimento que uma pessoa carrega dentro de sí, que lhe dá a proporção de ser mais ou menos que alguém que não sabe tanto.
Eu vejo essas reuniões de “imortais” de acadêmicos de artes e literatura, onde os membros são tratados como seres acima da média da humanidade, e que aceitam esse tratamento se achando mesmo mais importantes. Puxa... Como acho isso triste!
Acho triste, um cidadão ter certeza que é mais que o outro, que vale mais que o outro, que merece mais que o outro, acho triste, ainda mais vindo de pessoas que lutaram para absorver conhecimento, e que por isso mesmo deveriam ser semeadores de humildade, semeadores de respeito pelo próximo, de amor entre as pessoas.
Parece que para algumas pessoas, o esforço que elas fizeram para se intelectualizarem, o tempo que investiram em conhecimento e em estudo, as deixaram pessoas carentes. Pessoas que tem necessidade de mostrar que sabem mais, que são mais, que entendem mais.
Ainda bem que algumas delas acabam entendendo o sentido da vida, e aprendem realmente que o que importa é viver bem, e em comunhão com todos. Esses pra mim, são os verdadeiros intelectuais, porque aprenderam nos livros, na sala de aula e na vida. E a vida, ela ensina que hoje estamos em cima, amanhã estamos embaixo, e que a fila da morte está aí pra todo mundo, e que o próximo pode ser você.

Em uma reunião de magistrados, intelectuais de alguma academia de cultura alguém fazendo a chamada pergunta:
- Onde está o imortal da cadeira número trinta e cinco?
- Morreu! – responde outro imortal que também está na fila da morte.







quinta-feira, 15 de junho de 2017

O filho pródigo

Sei que vocês não gostam de ler textões, mas acho que essa reflexão que escrevi vale a pena.
Seus preguiçosos!!!!





A parábola bem conhecida, que Lucas narra no capítulo 15 de seu livro, dos versículos 11 a 32, fala de um homem que tinha dois filhos. Um dia, o filho mais novo, pediu para seu pai a parte que lhe cabia da herança e sumiu no mundo. Lucas fala que ele gastou seu dinheiro de forma indevida, e que chegou a passar fome, desejando comer a comida que as pessoas davam aos porcos.
Esse, “gastou o dinheiro de forma indevida”, a gente que não é bobo, entende que o rapaz deve ter gastado com a mulherada, com bebida, jogos de azar e por aí vai.
Mas um dia, depois de sofrer um pouco com as cabeçadas da vida, esse rapaz caiu em sí e voltou pra casa do pai. No caminho ele decorou um pedido de desculpas bem convincente, mas nem precisava, porque o pai, a hora que viu seu filho voltando pra casa, ficou muito feliz, e organizou uma festa de arromba! Mandou matar um novilho e fazer um churrascão, mandou também dar roupas novas pro moço, e um anel que significava que o menino era seu filho e portanto, patrão.
O filho mais velho, quando viu o furdunço, a música, a festança, ficou com muita raiva e foi conversar com seu pai:
- Pai, - disse ele – eu trabalho pra caramba, nunca te traí, nunca fiz nada de errado e o senhor nunca me deu nem um bezerrinho pra eu fazer uma festinha com meus amigos, mas esse seu filho problemático volta do nada, e o senhor faz uma festa dessas!
- Meu filho, - respondeu o pai, entendendo a braveza de seu filho – você sempre esteve comigo, tudo que é meu é seu, você não pegou esse bezerro e não fez essa festa porque não quis, mas agora, nesse momento, eu estou feliz, porque seu irmão que estava perdido voltou!
Bom, essa aí, praticamente, é a parábola que Jesus contou e que foi narrada por Lucas. Acontece que durante esses dois mil e tantos anos, alguns teólogos dizem que essa parábola fala sobre o arrependimento e a volta pra casa, espelhada pela figura filho pródigo, e outros teólogos falam que na verdade a parábola fala de pessoas que são filhas e não desfrutam do reino de Deus, espelhada na figura do filho mais velho.
Hoje, feriado, eu estava fazendo o almoço, e pensando na minha vida e na vida do meu filho Samuel, que ainda tem 5 anos, e tentando imaginar como ele vai estar daqui a alguns anos, e de repente essa parábola me veio à mente e eu me liguei que essa parábola pode também estar falando em outra situação, que não sei se alguém já olhou por esse lado. Então pra começar a nossa curta reflexão, eu vou fazer duas perguntas, e você que é inteligente, “eu acho”, já vai sacar onde eu quero chegar.
 - Como anda o relacionamento seu com seus filhos?
- Você é o melhor amigo dos seus filhos?
Me parece, lendo e relendo a parábola, que o pai em questão amava verdadeiramente seus filhos, que ele se preocupava com eles, e que, pela alegria que ele demonstrou na volta do filho rebelde, que ele também era um pai compreensivo.
Mas, apesar dessas qualidades, ele tinha umas falhas, que a gente percebe em uma leitura mais atenta, e que são falhas corriqueiras nas nossas casas, e nas nossas famílias de hoje em dia.
Um dos filhos, não estava contente vivendo na casa do pai, pediu sua parte da herança e partiu. Oras! Mas a casa do nosso pai, não deveria ser a melhor casa do mundo? Nosso pai não deveria ser o nosso maior amigo? A gente, não deve fazer o esforço de ser o melhor amigo de nossos filhos? Ainda mais nesse mundo maligno, onde existe uma má companhia em cada esquina, querendo sugar a vida de nossos filhos?
O pai da parábola não parece tão amigo dos filhos. Ele deveria ser aquele pai, que ama os filhos, e que acha que trabalhando muito, e dando tudo de bom e do melhor para o filhos, boas roupas, brinquedos, vídeo game, escola particular, aula de inglês, judô, natação, chocolate, danone, salgadinho e bicicleta com quadro de alumínio, já está bom! Ele deveria ser daqueles pais, que nunca sentou com o filho, nunca acariciou, nunca abraçou, nunca perguntou como foi o dia do filho e se o filho já está olhando diferente pra alguma menininha. Nunca perguntou como está o coração do filho, qual são as ideias do filho, e por fim, nunca disse ao filho: - Pode contar comigo! Eu sou seu melhor amigo!
O pai da parábola, foi inconsequente quando deu metade da herança pra um filho descabeceado, e o deixou partir pelo mundo com todo dinheiro, correndo até risco de morte. Um pai de verdade deveria conhecer o filho. Deveria saber que seu filho não estava preparado para fazer o que fez, e não poderia deixar isso acontecer.
Mas a parte do texto que mais demonstra que esse pai, apesar de amar seus filhos, não era um pai amoroso, é a resposta que ele dá ao filho mais velho, quando esse reclama que sempre foi um bom filho, e nem um bezerrinho o pai o deu pra fazer uma festinha com a galera.
O pai responde: - Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que tenho é seu!
Olha que absurdo! O menino se sentia um escravo do pai, um serviçal, ele não se sentia dono de tudo como o pai falou, “tudo o que tenho é seu”, e sabe por que? Porque o pai nunca disse nada disso ao filho. Nunca agiu com amizade, nunca sentou com o filho e disse que ele estava alí para segurar qualquer bronca! Nunca disse ao filho, que tudo o que era dele, também era do filho. Eles não eram amigos de verdade. O pai era um provedor na casa, e as provisões, para ele, eram a forma de demonstrar amor.
O filho por sua vez, demonstrou carência afetiva, tanto na revolta contra o irmão mais velho, quanto na revolta com o pai.
Amigos, dar tudo de bom e de melhor para nossa família é uma coisa boa, mas dar carinho, amizade verdadeira, amor e companheirismo, isso é melhor que qualquer bem. Porque os bens acabam, mas o amor de pai e filho, de marido e mulher, de família unida, esse amor dura para sempre.
Então, pra terminar a nossa reflexão, eu volto a fazer aquelas duas perguntas:
- Como anda o relacionamento seu com seus filhos?
- Você é o melhor amigo dos seus filhos?
A Bíblia é rica e viva! Um mesmo texto pode falar com a gente de diversas maneiras, e esse texto, tão batido e conhecido, hoje falou comigo dessa maneira.
Pense nisso!







segunda-feira, 5 de junho de 2017

Star Wars






Vou escrever uma postagem controversa aqui. Alguns vão elogiar e outros vão me excomungar, mas fazer o quê? Vida de blogueiro é essa mesmo.
Vamos lá: 1... 2... 3!
Eu não achei graça nenhuma na saga Star Wars!
Um amigo insistiu para que eu assistisse e disse que eu iria me apaixonar! Eu já assisti a seis filmes e até agora a paixão não veio.
Filmes toscos, com efeitos toscos, com personagens toscos, com enredo pobre, e sequencias que não nos fazem pensar em nada. Historinhas tatibitati, onde arrumam um problemão que parece irresolvível e de repente, póf! Tudo se resolve sem esforço nenhum.
Bom... Pelo menos o mundo criado pelo George Lucas é legal. Com vários mundos e planetas, e um reino querendo subjugar o outro e fazer um governo interplanetário, mas tirando isso... Me desculpem, mas não me apeteceu...
Até o Darth Vader que me botava medo quando eu era criança, agora assistindo eu ví que ele é um bandidinho pé rapado.
Vou continuar a assistir até o final da saga, afinal, tem dias que a gente quer mesmo assistir um filme B, que não nos faça pensar em nada e que sirva só pra entretenimento.
Por favor, não me batam demais, porque eu posso usar meu poder Jedi contra vocês, e aí, vou mandar todos para o lado negro da força!