domingo, 30 de junho de 2013

Alguém tem um dog alemão sobrando?




Eu queria comprar uma filhotinha de dog alemão. Na verdade eu tenho o sonho de ter um dog alemão!
A Frida minha amigona, filhona e companheirona, é mestiça: a mãe é dog alemão, mas o pai é fila. Ainda bem que ela puxou muito mais pra mãe e acabou sendo uma cachorra apesar de grande, super dócil, carinhosa, brincalhona e mais medrosa que o Scoob Doo! 
Mas meu sonho foi adiado no momento.
Faz tempo que eu procuro um filhote pra comprar e agora apareceu uma moça que tem uma ninhada linda, mas ela quer 2.500,00 reais por cada cachorrinho! Aí eu fiquei tristinho...
Ela disse que eles são cadastrados, tem pedigree, tem procedência, tem registro, certificado na associação intergalática dos dogs alemães, não deformam, não soltam as tiras e nem tem cheiro!
Puxa vida!
Ah, mas fazer o quê né? Vou ficar esperando até que apareça algum filhote de no máximo trezentas pila, ou o dia em que eu ganhe mais e tenha dinheiro pra comprar...
Se eu tivesse agora na mão disponíveis pra gastar esses dois mil e quinhentos, eu já teria publicado meu livro. Mas não pensem vocês que eu estou parado no tempo! Eu estou dando a minha última revisada nele e um amigão meu, mestre capista, está fazendo a capa. Essa imagem aí de cima, é a prova que ele me mandou da capa. Ficou legal?
Ainda não está pronta, mas acho que a ideia vai ser essa mesmo: uma carta anônima ensanguentada. Alguns amigos já leram o livro e sabem que ele se trata de uma investigação de um crime bárbaro, e que essa frase que dá o nome do livro, é muito importante durante o desenrolar da história. Então eu pensei nessa capa!
Uma amiga disse que ela é muito forte e que dá medo, outro amigo disse que não gostou! E dois amigos falaram que ficou muito bom e que sintetiza o livro. 
Acho que no final do ano eu vou publicar o livro de forma independente, isso, se algumas editoras boas que estão com os originais não se dispuserem a publicar... 
Eu não sei bem o que quero de resultado com esse livro... Bom, na verdade eu sei sim: Eu quero que ele venda bem, que as pessoas gostem, que á partir dele eu possa trabalhar como escritor e que com o lucro, eu possa fazer uma segunda edição bem sucedida e que dê até pra comprar um filhote de dog alemão!
Isso aí!
Um filhote de dog alemão seria bom...

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Dois velhos amigos




Um dos primeiros livros que eu lí, e que me fizeram gostar de ler, se chama "A ilha perdida", de uma coleção de livros que era essencial nos anos 80 para qualquer aluno, desde a quarta até a sétima série: a coleção vaga-lume
Depois deste livro, eu, menino com nove ou dez anos mais ou menos, lí outros livros que gostei demais: "O cachorrinho Samba, A montanha encantada e A mina de ouro". Aí, aproveitando que uma professora fez um pedido coletivo numa editora, e que cada aluno comprou um livro diferente, e trocou-o durante o ano inteiro com algum amiguinho da classe, eu acabei lendo quase toda a coleção cachorrinho samba.
Esses dias eu fui dar uma pesquisada no Google sobre o livro A ilha perdida, e as imagens do Google me trouxeram imagens desses outros livros que citei acima. Foi então que só agora, muitos anos mais tarde, (muitos mesmo), que eu fui descobrir que todos esses livros que eu gostei tanto, eram da mesma escritora: Maria José Dupré.
Olha só! Que coisa interessante né? 
Eu fiquei meio maluco com esse negócio, e fui pesquisar outros livros da minha infância e adolescência, e acabei descobrindo que os livros: "O cadáver ouve rádio, Dinheiro do céu, Sozinha no mundo, O mistério do cinco estrelas e O rapto do garoto de ouro", que são outros livros que eu amei ler, também são de um mesmo autor: Marcos Rey.
Puxa... Eu lí e leio muitos livros até hoje, minha esposa fala que sou maluco porque leio três livros ao mesmo tempo, mas tenho certeza absoluta, que se não fossem esses dois autores, eu não seria esse leitor que sou hoje!
Por isso essa postagem é um agradecimento a esses dois velhos amigos, que até já embarcaram para o céu, mas que me fizeram ser mais feliz na vida. Com certeza eles fizeram parte e farão ainda, da vida de muita gente, pois a pessoa morre, mas as obras ficam. 
Vou apresentar esses dois amigos ao Samuel (meu filho), quando ele começar a ler, e também queria apresentá-los a vocês amigos do blog. Se puderem, procurem esses livros na internet e comprem de presente aos seus filhos, sobrinhos, vizinhos e amiguinhos. Você vai estar ajudando na formação literária deles e eles se tornarão pessoas melhores.
Fazendo assim, quem sabe nós damos uma melhorada no nosso país, que não lê mais, e que cada vez está mais pobre de vocabulário e de cultura.
 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

O retorno

A estrada é longa... Cercas, asfalto e terra.
Cana, pasto e soja.
Montanha, água e curvas.
Ponte, rio e poeira.
O sapato, o pé, o suor...
A vida que passa.
As imagens que passam...
As alegrias, as tristezas, O suor, o banho.
A falta de banho.
As desilusões...
A família que falta.
A mãe, o pai, os irmãos.
A estrada é longa...
Demoradamente longa. Insistentemente longa...
Os pensamentos conversam!
Brigam!
Insistem em perturbar.
Mas a volta é inevitável.
O retorno ao abraço da mãe.
O retorno aos conselhos do pai.
O retorno...
Mesmo que ela ainda esteja lá.
Mesmo que ela esteja com outro, com filhos, casada, compromissada.
O tempo e a estrada maturaram os pensamentos.
Recolocaram nos eixos.
Mostraram a verdade.
Verdade...
Ninguém é de ninguém.
E mesmo perdido nas estradas da vida.
Loucamente, perambulando, maturando...
Um dia a volta se faz necessária, e o recomeço também.
Deus tem mais a dar, do que o diabo pode roubar...
E a vida... Mesmo passando pelo longo caminho das desilusões.
Tem que ser vivida...
Feliz!

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terça-feira, 18 de junho de 2013

Uma charginha e um textinho

Esses dias eu fiz essa charge pra uma revista aqui da cidade que se chama Sabiá, para uma matéria que fala sobre impostos. 
Hoje eu acordei pensando nas manifestações publicas que estão acontecendo pelo Brasil, bem em época de copa das confederações. 
Nas minhas viagens pensamentózas eu imaginei como um matuto, lá do fundão do país deve estar vendo essa situação, já que até a Globo (milagrosamente?) resolveu noticiar esses acontecimentos.
Deu numa postagem bem humorada, mas protestética! Espero que gostem.



Uai sô! Qui qui deu nus nósso mininim?
Qui qui deu nu nósso povim?
Será qui finarmenti eles acordaro pra vida? Ô será qui essa ida pras rua é só um tiatrim eleitorá??
Eu ispero qui seja di verdadi... Ispero qui eles teja revortado mêmo. Ispero que eles teja cum sangue no zóio e cum vontade di mudá!
Inté a rede Grobo, qui nunca fala nada, tá mostrano os mininim nas rua!
Tomara qui eles acorde di veiz i qui nas próxima eleição num vóte nus mêmo qui vota sempre. Esses pulitico corrupto, ladrão, disonesto, que nunca pegaro no cabo duma inxada e nem nunca acordaro cedo pra aguá um pé de pranta!
Esses pulítico qui só pensa em fazê imposto e mais imposto!
Esses pulítico que num depende do "SUS" intão manda nóis ir tratá di nossas doença num pulgueiro daqueles. Onde muié grávida dá a luiz nos corredô, onde homê com tiro nas custéla é operado no elevadô! Onde médico ganha uma merreca pra salvá vida di gente!
Nóis trabaia meio ano só pra pagá imposto... Tem cabimento um troço desse?
O fulano qui trabaia do elevadô do planarto só apertano butão prele subi e decê, ganha mais qui o capitão da marinha qui dirigi fragata... Tem cabimento um troço desse?
O senadô, dispois de treis mandato pode si aposentá, inquanto o trabaiadô pricisa de 35 ano di contribuição... Tem cabiemento um troço desse?
Óia... Até aqui na roça a genti tá indignado queces pulitico! Inda bem qui os nossos mininim sairo pra rua... A genti é bobim, e tudu mundo faiz o qui qué di nóis brasilêro, mais peciença tem limiti né? Acorda seus pulitico veiaco! Os nosso mininim tá di zóio nocêis!

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Mais um na multidão




Eu queria ser um gigante!
Queria ser jogador de futebol.
Queria ser o melhor dos amantes... Saber dançar tango e cantar as musicas de Carlos Gardel.
Eu queria ser empresário, engenheiro, arquiteto e astronauta! Trabalhar na Nasa e projetar Ferraris, projetar Lamborguinis e ser piloto de fórmula 1.
Eu queria ser fazendeiro! Ter bastante gado nas pastagens de minha fazenda. Queria plantar arroz, soja, milho e laranja. Queria criar galinhas. Ter um grande chiqueiro de porcos e talvez criar ovelhas também!
Eu queria ser piloto de avião. Conhecer o mundo. Conhecer a Europa, a Ásia, a Oceania. Queria ser capitão de navio.
Navio mercante, navio cargueiro, navio... Navio.
Eu queria ser cozinheiro de um restaurante na Grécia ou na Itália ou na Espanha e talvez em Portugal... Isso!
Eu queria fabricar vinho em Portugal! Fabricar vinho, azeite e queijos, muitos tipos de queijos.
Eu queria ser holandês! Plantar flores na Holanda... Plantar bambu na China e plantar macaxeira na Paraíba...
Eu queria ser maestro! Reger orquestras pelo mundo, queria também saber tocar violão... No barzinho alí da esquina.
Eu queria ser jogador de futebol, artista de novela, ator de cinema, escritor de livros, desenhista de história em quadrinhos. Eu queria ser o Homem-aranha!
Eu queria ser veterinário, tratar de cachorro, gato, boi, macaco e onça! Eu queria ser biólogo! Queria ser astrônomo e arqueólogo também. Queria ser o Indiana Jones.
Queria ser um mercador do deserto, Um beduíno. Andar de tapete voador. Comer coalhada seca com pão sírio todos os dias. Mergulhar no lago de um oásis debaixo da sombra das tamareiras.
Eu queria!
Infelizmente não sou nada disso...
Ainda!

domingo, 9 de junho de 2013

Tomates recheados do chef André




Escolha um cd que lhe agrade.
Coloque pra tocar.
Abra um vinho bem gelado.
Escolha seis tomates-caqui grandes e meio esverdeados.
Corte mais ou menos oitocentos gramas de carne seca em pedacinhos e ferva-a em duas águas.
Dê um abraço em sua esposa, ou namorada.
Coloque a carne seca na panela de pressão e cozinhe-a até que fique macia.
Beba um gole de vinho.
Pique alho, cebola, uma ou duas pimentas dedo-de-moça, e refogue em azeite bem quente.
Dê um beijo em seu filho ou filha, se não tiver, acaricie seu gatinho ou cachorro, se não tiver, beije a namorada de novo e se não tiver arrume um desses itens.
Ah... No caso dos bichinhos de estimação: lave bem as mãos!
Coloque a carne seca pra refogar.
Beba um gole de vinho.
Corte salsinha, cebolinha e coentro. Coloque na carne seca.
Troque o cd e dê uma dançadinha.
Prove pra ver se está bom de sal.
Dê outra dançadinha.
Lave bem os tomates e depois corte a tampa deles, retirando seu miolo, como se fizesse uma cuiazinha com eles.
Encha os tomates com o refogado de carne seca quase até a tampa, mas deixe espaço para queijo mussarela ralado, e por fim, queijo parmesão ralado.
Tome um gole do vinho.
Brinque com o cachorro e lave as mãos.
Coloque no forno pra gratinar.
Arrume a mesa, beije seu filho, acaricie o gato, o cachorro, beba mais um gole e a tire o tomate do forno.
Mais um abraço em sua amada ou amado e pronto... Sirva-se á vontade.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Notas de limão e erva doce




Três acordes tocam insistentemente e repetidamente o disco todo.
O som alto, agressivo e rápido, pulsa e faz pulsar.
A letra instiga, choca, e reclama.
A juventude perdura! A juventude se eterniza... A juventude aparece em todas as idades.
A guitarra fala com o baixo e apanha da bateria que lhe diz: Ouça, siga, ande, pare!
Musica.
Musica tocada com talento, conhecimento e suor...
Musica.
A musica move montanhas, atravessa continentes, induz gerações, acorda multidões.
A musica tocada com talento, conhecimento e suor...
Notas de limão e erva doce, gotas de chocolate para os ouvidos, cheiro de rosa, flor de laranjeira.
Notas em sustenido, escalas em dó; escalas sem dó.
Três acordes tocam insistentemente e repetidamente o disco todo.
O som agressivo do punk rock choca os ouvidos menos atentos.
O som elaborado do blues cura ouvidos machucados.
O som docinho, de alva ternura da MPB, faz ninar e sonhar com anjos.
Musica!
Ela move montanhas, atravessa continentes, induz gerações, acorda multidões.
Ai daquele que ouse passar pela vida sem musica.
Viverá menos.
Viverá triste.
Viverá?
Não, acho que não!
Vegetará...