sexta-feira, 6 de julho de 2018

Faiô!!!







Ontem no canal Fox sports os comentaristas estavam falando que era quase impossível o Neymar não ganhar a bola de ouro esse ano, já que o Cristiano Ronaldo e o Lionel Messi já tinham saído da copa e certamente ele seria campeão.
Na Globo, o Galvão Bueno já tinha escolhido o Neymar o melhor jogador e o Tite o melhor técnico do mundo desde a época da eliminatória.
Mas na verdade, pra quem entende o mínimo de futebol, sabia que os pilares da seleção brasileira era a dupla de zaga, o Casimiro e o Phelipe Coutinho, que estavam jogando muito mais que três ou quatro Neymares.
Eu fico me perguntando o porque dessa manipulação midiática! Porque enaltecer alguns em detrimento de outros? 
Na verdade hoje, pelo menos no primeiro tempo, que foi o tempo que definiu o jogo, o técnico da Bélgica deu um nó tático no Tite, e o Brasil quando acordou já estava 2 x 0 e a vaca já tinha ido para o brejo.
Eu sinceramente acho que enquanto a gente ficar com essa mania de grandeza, achando que só o Brasil sabe jogar bola e achando que só com a camisa a gente ganha de todo mundo, infelizmente não vamos mais ganhar de ninguém na hora decisiva.
Nós temos que vestir as sandálias da humildade, perceber que nossos técnicos, inclusive o Tite, tem que aprender muito, perceber que esse negócio de perder jogadores ainda adolescentes para a Europa está errado, perceber que o jogador tem que ficar no Brasil até criar identidade com os clubes e com o país, para só aí, sair e tentar ganhar dinheiro lá fora.
Temos que perceber que nossos clubes estão sucateados por causa dessa lei Pelé que dá mais poder aos empresários de futebol do que aos clubes que formam os atletas desde crianças... Temos que perceber que está tudo errado desde a base, até os times profissionais.
Enquanto não fizermos esse exame de consciência a gente vai continuar perdendo.
A Bélgica fez um grande trabalho de base nos últimos anos e suas seleções sub 17, sub 20 tem conquistado ótimos resultados nos últimos anos, enquanto isso nós vamos na base do bumba meu boi, apoiados e iludidos com essa mídia interesseira que engana até os próprios jogadores, porque eles mesmo acreditam que são mesmo imbatíveis.
O Tite fala mesmo como se só ele entendesse de futebol, e o Neymar (que é mesmo um ótimo jogador), acredita que é mesmo o melhor do mundo e tem atitudes de estrela minada e intocável.
Gente, vamos tomar cuidado com as manipulações, a gente sabe que daqui pra frente o assunto vai ser eleição, e a gente sabe que a mídia vai querer nos vender Neymares e Tites políticos e iludir a gente direitinho.
Vamos acordar!!!!





terça-feira, 3 de julho de 2018

Gente morta na vitrola








Eu sempre gostei de rock. Desde aquela fase em que a gente está saindo da infância e entrando na adolescência eu sempre me interessei por rock e principalmente o rock nacional.
Eu me lembro de duas coisas que me marcaram muito: a primeira era um programa que passava na TV Cultura de nome Boca Livre, apresentado pelo Kid Vinil e a Dadá Cyrino.
Esse programa era um festival de bandas, as vezes boas e as vezes muito ruins, que iam se classificando a cada programa e no final do ano faziam uma grande final e ganhavam como a melhor banda da temporada. Em todos os programas depois dessas bandas novatas se apresentarem, existia uma apresentação especial de uma banda um pouco mais conhecida. As vezes ela era conhecida do grande público como Titãs, Ira!, Plebe Rude e as vezes era conhecida e tinha fãs apenas no underground como era o caso de Inocentes, Varsóvia, Gueto, etc.
A outra coisa que me marcou, foi um vizinho, um pouco mais velho, que tinha muitos discos de rock e escutava em alto e ótimo som.
Através da vitrola do Constantino eu conheci muita banda boa.
Bom, porque estou falando isso?
Eu estou falando isso, porque hoje, eu baixei a discografia do Legião Urbana, pela milésima vez!
Eu não sei porque, mas acho os últimos discos do Legião Urbana, principalmente na fase terminal do Renato Russo, em que a AIDS estava vencendo, muito melancólica. Não sei se é impressão minha ou se é mesmo melancólica. Mas o negócio é que eu baixo a discografia, ouço algumas músicas e sempre deleto a discografia. Como se isso fosse uma forma de dizer para mim mesmo, que esse sonho musical chamado Legião Urbana não acabou com a morte do Renato Russo.
Ele foi um cara muito importante na minha geração. Algumas pessoas querem colocar o Cazuza no mesmo patamar que o Renato, mas pra mim a diferença entre eles é enorme.
Hoje eu dei uma olhada na play list do meu notebook e comecei a contar os artistas que já morreram: B.B. King, Bebeco Garcia, Jimmy Hendrix, Pinetop Perkins, Joey, Johnny e De De Ramone, Redson do Cólera, J. B. Lenoir, Joe Coocker, Celso Blues Boy, Johnny Cash e mais uma porrada de gente morta... Depois de perceber isso eu resolvi que dessa vez vou manter a discografia do Legião Urbana sem apagar, afinal, todos esses que listei acima, e mais alguns, podem ter morrido, mas até hoje me acompanham em músicas que gosto e que me fazem feliz e o Legião não pode ficar de fora.
Sou feliz por conhecer de música e gostar de música, e eu acho uma grande pena que meu filho está vivendo nesse grande hiato de qualidade musical. 
Ainda bem que os velhinhos ainda lançam ótimos discos, apesar de estarem longe da grande mídia e assim eu posso fazer minhas listas de velhinhos e mortinhos para alegrar minha vitrolinha!