domingo, 5 de agosto de 2018

Mantra infinito







Todo dia.
Quando acordo, e vejo a luz.
Eu procuro entender o tempo e o espaço.
Procuro entender essa corrida.
Corrida contra o tempo.
Corrida atrás do vento.
Todos os dias tem seus problemas.
Suas alegrias, suas realizações e frustrações.
O pulso pulsa, o coração trabalha, o ar entra e sai.
O dia passa.
A gente não sabe qual a nossa missão na Terra.
A gente não sabe nem se existe alguma missão.
Todo dia.
A gente procura por alguma razão mas não encontra.
Cremos, e acreditamos no que cremos.
Acreditamos que temos respostas. Mas não temos.
As vezes vivemos dias infelizes.
As vezes apenas vivemos.
Acordamos, e quando vemos, já está na hora de ir dormir.
Para amanhã acordar, correr, dormir, acordar, correr, dormir, acordar, correr, dormir. Apenas vivemos!
Dizem que não merecemos nada.
Que somos apenas seres insignificantes.
Bactérias em um planetinha, correndo atrás de nada.
Dizem também que somos importantes aos olhos de Deus.
Que o verdadeiro sentido de tudo, não vai ser revelado nessa vida.
Acreditamos em outra vida.
Alguns acreditam em várias vidas.
Mas e nessa vida? Agora?
Acordamos, corremos, dormimos, acordamos, corremos, dormimos.
Procuro ser mais feliz.
Mas a grande bolha das responsabilidades me suga a cada dia.
Fizemos um modus vivendi que exige coisas que nós não queremos dar.
Os hippies já sacaram isso nos anos 60.
Mas o mundo hippie não existe pra mim.
Por isso: Vamos vivendo e crendo.
Como se fosse um mantra infinito.
Um dia a gente acorda.
Acorda, corre e dorme.