terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Santa ignorância Batman, parte 2

            





            Quem leu a última postagem, sabe que eu comecei a falar sobre os super heróis através da história e como eles foram utilizados pelo governo americano para influenciar e ditar algumas normas dentro da sociedade americana, e como que de tabela, as sociedades de outros países inclusive o Brasil, também foi influenciado por essa forma americana de pensar.
            Na década de 80, eu e quase todos os meus amigos éramos devoradores de gibis e todos os meses corríamos até a banca do seu Chico atrás das revistas do Homem Aranha, Heróis da TV, Superaventuras Marvel, Conan, Batman, Liga da Justiça, quadrinhos Disney, Capitão América, Aventura e Ficção, Hulk, e por aí vai.
            No Brasil a indústria de quadrinhos quase não existia no que se diz respeito a heróis, mas de vez em quando aparecia uma revista de algum personagem imitando o modelo americano, que infelizmente, depois de três ou quatro edições saia de circulação. Digo infelizmente, porque algumas dessas histórias e personagens, se fossem americanos, e publicados pela Marvel ou DC, certamente ganhariam o grande público, mas por aqui eles não tinham vez. Quando as editoras brasileiras investiam em histórias em quadrinhos nacionais, elas apostavam nos anti-heróis, desenhados por humoristas vindos do antigo Pasquim, que era um jornal da época mais viva da ditadura militar, e que tinha identidade esquerdista, com ideias de esquerda, humor de esquerda e ideologia de esquerda.
            Angeli, Glauco, Laerte, Spacca, Paulo e Chico Caruso, Jaguar, Luiz Gê, entre outros, tinham prestígio e por isso, as revistas Chiclete com Banana, Piratas do Tietê, Níquel Nausea, Geraldão e Circo, que eram revistas feitas por esses artistas, circularam por muito tempo e tinham muitos fãs, inclusive eu, que confesso que mesmo dialogando aqui e fazendo o advogado do diabo, ainda sou fã desses caras.
            A grande diferença entre os super heróis americanos e essas revistas, é que enquanto os heróis queriam ajudar a sociedade a lutar contra o mal, esses anti- heróis queriam anarquicamente destruir a sociedade e os valores da família, política, religião e bons costumes, sob a ideia de fazer humor pelo humor ou protestar em forma de quadrinhos, atacando o que se achava antigo, imperialista e reacionário.
            Confesso que eu achava muito divertidas essas revistas e que dei muita risada com os Skrotinhos, com Bob Cuspe, com os Piratas do Tietê, com o Geraldão e com Los três amigos. Hoje, vendo o Bob Cuspe, cuspindo na cara dos seus desafetos, vendo o Geraldão tarado pela própria mãe, drogado, andando pelado pela casa, vendo a Rebordosa bêbada vivendo de sexo e eternamente de ressaca pelada dentro de uma banheira, eu não acho mais tão legal como achava naquele tempo.
            Pra gente continuar a nossa conversa interativa eu vou fazer algumas perguntas.
            A desconstrução da nossa sociedade, onde o adolescente está alienado, as famílias estão se desmantelando e a escola não consegue mais fazer o básico, que é alfabetizar ou ensinar uma simples tabuada, tem influência desse tipo de arte?
            Se tiver influência, na sua opinião, será que o intelectual da época, (geralmente de esquerda), trabalhou conscientemente nessa desconstrução?  
            O autor de quadrinhos brasileiro, publicou anti-heróis como uma forma de retaliação ao herói americano?
             Obrigado pelos comentários na postagem anterior. Estou imaginando que com mais uma postagem no máximo duas, nós esgotamos esse pensamento, por isso, espero seus comentários pra gente ver se fecha esse raciocínio junto. Um abração!



              

sábado, 27 de janeiro de 2018

Santa Ignorância Batman






Ontem eu assisti um programa no canal History 2 chamado “Decifrando heróis.” O programa analisava a história da sociedade americana e a relação dela com os heróis da Marvel e da DC.
Na época da segunda Guerra apareceu o Capitão América e a Mulher Maravilha para salvar o mundo contra os nazistas, depois da guerra o Super Homem foi um bom moço que ajudou a educar os meninos e meninas com bons modos e costumes. Na década de 60 o Homem Aranha apareceu refletindo a sociedade jovem daquela época, com os mesmos problemas e questionamentos de um menino de 16 anos.
Para os meninos nerds e excluídos, apareceu o Hulk e o Coisa, que eram feios e excluídos, para os negros apareceu o Pantera Negra e o Falcão, e mais tarde quando o movimento negro ganhou mesmo força, apareceu o Luke Cage.
Depois da Guerra do Vietnã eles capricharam no Homem de Ferro, que tinha em Tony Stark um vendedor de armas arrependido e por aí vai.
Eu, que sempre fui fã de histórias em quadrinhos desde criança confesso que fiquei um pouco decepcionado. Eu não sabia que os heróis de certa forma serviram para manipular, ou pelo menos instituir uma forma de pensar, que era a forma que o governo queria que as pessoas pensassem. Meu Deus, como eu sou inocente.
Mas depois, nas minhas reflexões eu fiquei ainda mais chateado quando percebi que o programa era americano, falando sobre heróis americanos, e que eu como brasileiro, menino que ia na banca de jornais do seu Chico comprar gibis desses heróis, também fui manipulado e nem era a forma que o meu governo queria que eu pensasse!
Mas e hoje?
Hoje eu acho que os meninos e meninas estão pensando e agindo da forma que o nosso governo quer que ele pense. Hoje os nossos meninos chegam ao sexto ano do primeiro grau sem ser alfabetizado! Você acredita nisso? Pois é, eu também não acreditava até que uma professora me provou que trabalha com alunos de 16 e 17 anos, que estão na escola desde crianças, que não tem problemas psicológicos e que ainda não são alfabetizados!
Esse texto agora vai se desdobrar em um problema maior, e por isso, eu vou me dar ao luxo de escrevê-lo em capítulos, por isso na próxima postagem nós vamos tocar em feridas.
Pensem no que eu escrevi e comentem pra gente chegar junto a uma conclusão na próxima postagem.




          

domingo, 21 de janeiro de 2018

De volta ao batente






Estive fora por uns dias, mas enfim estou de volta!
Nesse final de ano tive uns contratempos aqui em casa, com uma reforma e pintura da casa toda.
Minha esposa e meu filho não se adaptaram com o cheiro da tinta, e a gente teve que fazer umas visitinhas no pronto socorro de madrugada mais de uma vez.
Depois desse período de reforma que durou mais de um mês, eu recebi a visita de uns parentes que vieram aqui pra casa passar o fim de ano. Não é ruim receber parentes em casa, afinal eles são da família e a gente fica feliz em vê-los, mas todo mundo sabe que a rotina e as prioridades do dia a dia mudam com essas visitas.  
Vencidas essas duas etapas, quando eu achei que iria zerar o videogame e voltar a vida normal, para poder escrever meus contos, crônicas e fazer meus desenhos com a paz e bênçãos da santa rotina, meu notebook de neanderthal resolveu dar um piripaque e teve que ser internado uns dez dias para o técnico ver se conseguia ressuscitá-lo.
Meu notebook tem pelo menos dez anos, ele é da marca Positivo, tem dois gigazinhos de memória e ainda é um dual core, ou seja, é um sobrevivente nesse mundo desumano de tecnologias novas e novíssimas. Hoje em dia o último lançamento fica velho num piscar de olhos, e todas as tecnologias inventadas ficam tão obsoletas de um dia para o outro que ninguém quer mais usar. Mas para minha alegria, meu notebook de neanderthal resistiu firme e forte, e renasceu das cinzas mais uma vez.
Tem um amigo meu que é técnico de computador, que fala que se meu computador fosse uma pessoa, ele teria pelo menos uns trezentos anos! Olha só... Trezentos anos com corpinho de cento e cinquenta.
Mas no momento, ainda bem que deu pra ressuscitar o velhinho, porque eu gastei tanto com essa reforma, com remédios e parentes, que estou descapitalizado por alguns meses, e não ia dar pra comprar um note novo.
Bom gente, toda essa ladainha que escrevi aí, é pra falar pra vocês que voltei a blogar, que vou visitar todo mundo de novo, e que espero a visita de vocês aqui! Se por acaso eu sumir novamente, é porque o notebook não resistiu, ou porque eu matei algum parente.
Um abraço a todos e bem vindos as blogagens de 2018!