Ele se estabeleceu em uma fazenda em Jaborandi.
Ali nasceu meu bisavô, que também não sei o nome.
Ele se mudou para Barretos e aqui nasceu meu avô Caetano.
Meu pai que se chamava Crisógno, nasceu em Barretos e viveu muito tempo em São Paulo, onde eu nasci.
Eu me chamo André.
Meu pai voltou para Barretos. Eu vim com ele.
Meu pai fez uma casa e comprou um terreno ao lado.
Eu construí a minha casa nesse terreno.
Meu filho se chama Samuel.
Ele um dia vai herdar a casa do meu pai e a minha.
Não sei se o Samuel se lembra do nome do meu pai.
Meu neto, que talvez saiba meu nome, um dia vai herdar tudo isso do Samuel e talvez, mais alguma coisa que ele construa, se tudo correr bem.
Meu bisneto, talvez saiba o nome do Samuel, mas seus filhos, certamente não saberão.
Por isso eu digo... Será que nós somos tão importantes e inesquecíveis assim como achamos que somos?
Um texto profundo e tocante. ✨ A forma como descreves a ausência e a memória é de uma beleza silenciosa que fica a ecoar no coração. Há nomes que se apagam, mas permanecem gravados na alma.
ResponderExcluirCom carinho, Daniela Silva 💜
alma-leveblog.blogspot.com
Convido-te a visitar o meu cantinho também 🌷
Perfeita reflexão a tua,André!
ResponderExcluirNão somos tão importantes a ponto de ser lembrados pro tantas gerações...Mas vamos tentando deixar nossa marquinha para as que estão perto de nós!
Vale muito!
abração praiano,chica