É
fácil matar, é o primeiro livro que leio esse ano, e é o primeiro livro que
leio da Agatha Christie.
Tudo bem, tudo bem... Como pode um escritor de
histórias policiais nunca ter lido Agatha? Eu já pedi desculpas pra ela e pra
nossa senhora do romance policial! E elas me perdoaram! Então, se você me
julgar, fique sabendo que vai para o inferno literário, cuidado!
Confesso que até a metade do livro,
onde os personagens foram apresentados, apresentados e apresentados, eu achei o
ritmo muito lento, e por isso dei uma empacada. Mas agora que terminei a
leitura, entendi, que as apresentações e a lentidão podem ter sido
intencionais.
É fácil matar, conta a história de um
investigador, (Luke), que através de uma conversa informal com uma senhorinha,
é apresentado a um possível cenário de homicídios em série. A velhinha (senhora
Pinkerton), disse que devido a essa onda de assassinatos estava indo à Scotland
Yard contar o que sabia, pois não confiava na polícia de sua cidade.
Durante a conversa, Luke não deu credibilidade
ao que escutou da senhora Pinkerton, achou até que poderia ser uma fantasia da
cabeça dela.
No dia seguinte, ao ler a página de obituários,
o investigador se deparou com a notícia de que a senhora Pinkerton havia
morrido atropelada. Essa notícia
foi o suficiente para que a chama investigativa acendesse, e Luke não
resistindo, teve que ir até a cidade onde teoricamente existia um serial killer
e começar a investigar.
À
partir desse momento, o livro nos apresenta muitos suspeitos, muitos motivos,
alguns álibis não confiáveis, possíveis tramas e muita investigação.
Luke depois de investigar várias pessoas da
cidade, e encontrar um suspeito que poderia ter problemas não resolvidos com
todos os assassinados, finalmente encontra o serial killer. Bom pelo menos ele
acha que encontrou, porque a gente sabe, que nunca é fácil assim! E tem mais! A
gente quer que o policial sofra um pouco! Detetives resolvendo crimes
facilmente é frustrante para o leitor.
A Agatha sabia disso e deixou "o
legal" para as últimas páginas, onde existe um plot, que vai surpreender
os menos desavisados.
O "não legal", é que em
dado momento, um personagem conta uma história antiga, e aí, a capa do livro,
denunciou quem era realmente o assassino... Por isso o plot não foi tão
surpreendente pra mim!
Fica aqui um pedido à editora Harpper
Collins: Mudem essa capa por favor, ela é bonita, mas denuncia as coisas!
Pensem nisso.
Pensando
aqui, em dar uma nota de 1 a 10, o livro, pra mim, merece 7. Boa leitura,
fluída da metade para frente e interessante.
Apesar de escrita em 1938, a história
não é tão datada e a gente consegue ler e interagir com os personagens
perfeitamente.
Enfim, é uma boa leitura e uma grata surpresa. Obrigado Agatha! Vou ler mais
livros seus, minha nova amiga!
Eu li mais de 50 livros da autora.
ResponderExcluirE até já vi talvez uma dúzia de filmes baseados nos seus livros.
Não sei como é que a Agatha Christie teve cabeça para escrever tantos livros. Devia ser muitíssimo inteligente.
Boa semana, caro André,
Abraço.