Muitas vezes nós somos enganados pela linguagem rebuscada que os poetas usam para formularem seus textos.
Se a gente for prestar atenção mesmo no conteúdo da coisa a gente
percebe como a linguagem poética pode esconder umas coisas que muitas
vezes se faladas na linguagem coloquial fica até meio feião de ler e de
falar. Resolvi então traduzir para o coloquiês alguns exemplos do
rebusquês.
Exemplo 1:
Sua tez enrubreceu, ao ver os contornos curvilíneos de sua amada. Seu coração bombeava emoções que sufocavam seu ser.
Ele teria que descarregar seu instinto animal e seus fluidos carnais urgentemente!!
Tradução: Ou esse cara dá uma rapidinho ou ele vai ter um tróço !!!
Exemplo 2:
Ludicamente
a criança caminha num mundo de sonhos sobre o jardim em que sua mãe,
feito uma artesã, criara sua mais bela obra prima...
Tradução: Eita moleque bagunceiro, estragou todo o jardim que a mãe penou pra deixar bonitinho!! Ah... vai apanhar na certa.
Exemplo 3:
Os
alvos e parcos cabelos brancos que adornavam aquela cabeça octagenária,
camuflavam seu falo em riste e seus olhinhos vivos que fitavam
entusiasticamente a rebolativa e quase desnuda, arrumadeira da casa de
seu derradeiro rebento...
Puxa... parece lindo né? Mas lá vai a tradução:
Que
véinho tarado esse... Com oitenta anos, (de pinto duro) e de zoião na
empregada do filho mais novo, e ela por sua vez, não tem nada de santa,
com essas roupinhas curtas se mostrando e se insinuando, pra lá e pra cá
.
Exemplo 4 :
Enquanto a boemia o levava aos braços calientes das damas da noite. A rainha do seu lar,
preparava seu recanto e esperava numa noite de longos minutos, a fitar
aflitamente o relógio que lhe respondia: Tic tac, tic tac, tic tac...
Agora deu vontade de chorar... Como é bela essa cena de amor... Mas traduzindo: O cara é putanheiro e essa mulher é uma tonta!
Então
amigo, preste atenção nessa linguagem dos poetas, que esses caras são
espertos, falam coisas que a gente não entende ou apenas querem passar
despercebidos pela nossa cabeça de mamão e nossa linguagem chula e
coloquial...
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk demais, a do velhinho então arrasou. Poeta é tudo louco.
ResponderExcluirAbração
rssssssssss...
ResponderExcluirTu és demais mesmo! Ou seria " suas palavras são extremamente bem dedilhadas tecendo bordados que nos levam a lacrimejar de rir", rs... abração, tudo de bom!chica
Hahahaha morri de rir Dé!
ResponderExcluirLivros do Machado de Assis é assim! Hahahahah
E aí, André, tudo bom?
ResponderExcluirAndo meio fora da blogsfera esses dias, mas o título do post me chamou logo a atenção, pois me identifiquei muito (porque será né...?, hehe).
Poetas são safadinhos mesmo, rs. Todas essas palavras escolhidas milimetricamente são so pra disfarçar o lado mais mundano de todos nós.
Muito bacana as "traduções" que fez aqui. Se me permite, tenho uma sugestão: uma coisa que eu acharia super legal seria um outro post onde você traduz os poemas dos poetas de plantão aqui da blogsfera. Claro, tudo isso com a autorização deles, rs. Seria bem interativo ver o que eles (nós, quero dizer) escondemos, hehe. Mas é só uma sugestão mesmo.
Boa semana. Abração.
André, impossível conter o riso diante de suas colocações. Na verdade, é quem lê que atribui sentido ao que está escrito, de conformidade com seus momentos, convicções e sentimentos. Bjs.
ResponderExcluirA linguagem do poeta é diversa.
ResponderExcluirGostei!
Hahahaha... Você é impagável! Agora, verdade seja dita, jamais ninguém descreveu uma cafajestada de forma mais erudita.
ResponderExcluirE o velhinho, tadinho. Quem sabe naquela época existia uma versão natural para o comprimidinho azul?
Beijo, André.
Muito legal as suas colocações André, muito engraças! ! rsrs
ResponderExcluirBeijos
Mariangela
Oooopppaaaaa....corrigindo!
ResponderExcluirENGRAÇADAS!
Beijão!
ResponderExcluirOlá André,
Ri à beça de suas conclusões.
Não é fácil mesmo interpretar metáforas poéticas.
Abraço.
Oi André, fui lá no Recanto ler seu texto que na verdade não é um conto (porque é muito longo), e que eu entendo como uma novela. Justamente por ter capítulos.
ResponderExcluirEu gostaria de falar mais a fundo sobre o texto, pode ser?
Escreve um mail pra mim e a gente conversa em off.
leregostar@gmail.com
Obrigada
abraços
Dedé, meu amigo!
ResponderExcluirhahaha eu aqui de madrugada rindo montão por tua causa, viu?
É... acho que concordo, sim!
No final das contas, é isso mesmo um "rebusquês" haha
E o Samuelzinho, como está o menino bonito que já tem 1 aninho?
Abração para vocês todos e um beijinho no bebê! Fiquem com Deus!
Um texto cheio de humor mas que não deixa de encerrar um fundo de verdade. Acontece que muitas vezes os poetas rebuscam tanto que o produto final fica difícil de perceber para a maioria dos leitores.
ResponderExcluirE eu que até gosto muito de poesia, quando encontro um desses, leio e saio de mansinho para ninguém dar por mim.
Um abraço e bom fim de semana
André , querido amigo,
ResponderExcluirTudo bem? Tenho percebido que não só as palavras ditas são de interpretação dúbia, mas o que se escreve também. Talvez pelo tempo escasso ou quem sabe a cabeça que roda além do limite de entendimento.
Beijos.
André, nem mesmo os poetas, você poupou. E olha que depois dessa tradução, a a Academia Brasileira de Letras o receberá como mais um imortal. Brincadeira André! A sua capacidade de criação de situações que, transformadas em humor, nos transporta para um outro universo de imaginação, é sensacional. Boa, André!
ResponderExcluirOi André
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkk. Obrigada por me esclarecer.
Bjos.
Excelente André, ri alto com seu comentário sobre a do velhinho e fiquei imaginando você traduzindo alguns versos do Augusto dos Anjos, seria antológico!
ResponderExcluirForte abraço meu amigo!
Olá!
ResponderExcluirDedé
Meu amigo!
ah... ri demais de sua tradução do rebusquês para o coloquiês...
mas é isso mesmo: dizem que o poeta é um louco, mas na verdade , pelo contrário, o poeta usa de toda a lucidez para expressar a mensagem que deseja , para que a inspiração flua até de forma inusitada e, quiçá, rebuscada com o uso de metáfora para ficar "bonitinho".
Apesar que uns utilizam palavras simples e coloquial...mas há necessidade do contexto do leitor...
Meu carinho
Bom domingo para vc e seus familiares
Abraços
ResponderExcluirAndré!
Tudo bom contigo?
ahsahsahs rapaz eu ri aqui! Muito bem essa sua postagem para desmascarar o rebusquês da poesia e colocar o significado real XD.
Faça isso mais vezes!
Como disseram acima. traduza alguns poemas de grandes nomes, como Augusto dos Anjos kkkk.
Valeu por ter curtido meu papo-furado! Bom eu quero ver se retomo o ritmo intenso do blog que eu tinha tempos atrás.espero conseguir. E vc? Como anda com seu livro? Muita correria por aí? Saudades de trocar idéias contigo acerca disso!
bjs
Quem passou pela vida em brancas nuvens e em plácido repouso adormeceu, quem passou pela vida e não sofreu.
ResponderExcluirFoi espectro de homem, não foi homem, só passou pela vida.
Não viveu.
Tradução: Sanguessuga vagabundo he he he. (seu avô Caetano Mancin adorava este versinho).
Querido Amigo,
ResponderExcluirOntem foi o Dia do Blogueiro e não consegui falar com todos! Sou muito feliz por te conhecer. Desejo que continue contribuindo com artigos relevantes, motivação, criatividade e simpatia.
Muita paz.
Beijos
Olá! :D
ResponderExcluirOh my God, um tradutor de poemas!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk..... André, você é fogo viu!?
E agora quem poderá socorrer nós os poetas que fazemos eufemismo a tudo? Sabe né, para dar aquele ar de encanto. '-' Rsrs...
Gostei muito desta sua postagem, me pareceu uma "alfinetadinha". Mas a realidade é que poucos conseguem enxergar e sentir o que realmente o poeta tentou descrever por detrás das palavras cultas e das metáforas, muitas vezes é um segredo íntimo do autor que quer expressar o que sente, mas de uma forma totalmente indireta, para que não descubram rapidamente seu enigma. Hihi...
Gosto do bom humor do seu espaço. (Acho que já disse isso algumas vezes aqui)
Grande Abraço de uma das fãs dos seus escritos.
:*