O
último raio de sol brilhava no horizonte quando Armando e Miguelito se
apresentavam as portas da masmorra conforme o combinado com o capitão Antônio
Fernandes. Na verdade, ele era chamado por todos de capitão, mas era apenas um
soldado que tinha um pouco de privilégios, pois servia à guarda do reino de
Aragão a muitos anos, nunca fora condecorado “cavaleiro” pois nunca participara
de guerras, nem recebido o código de honra dos cavaleiros da santa igreja, mas
certamente gozava de muito prestígio entre os nobres e homens importantes do
reino, tanto que fora designado para chefiar a masmorra de Manzaneda, cidadela
que abrigava o mais importante mosteiro de frades copistas oficiais da santa
igreja católica e que tinha como representante maior o ilustre Monsenhor
Fernando que praticamente ditava as regras do reino. A população do reino de
Aragão, e principalmente dos arredores de Manzaneda diziam: primeiro Deus,
depois o papa e em seguida Monsenhor Fernando.
Bastaram
duas batidas na porta, para que uma fresta se abrisse e um soldado encapuzado
aparecesse. Com apenas um movimento de olhos o soldado os convidou para entrar.
Em seu
interior, a masmorra tinha um fedor de umidade e bolor que deixava o ar tão
pesado que rapidamente era percebido por qualquer um que viesse da rua. O negro
das paredes emboloradas ganhava contornos assombrados pelas luzes das tochas,
que presas nas paredes dos corredores, lutavam bravamente contra o breu para
trazer um pouco de claridade para aquele triste local.
O
guarda guiou-os até a sala do capitão Antônio Fernandes sem dizer uma única
palavra. Chegando a porta, apenas apontou com a mão trêmula e acenou com um
gesto de cabeça para que eles entrassem.
O capitão
Antônio Fernandes estava esperando, e, logo que entraram ele disse apressado:
-
Coloquem esses capuzes e sigam até o final do corredor, seu filho está na
última cela à esquerda, não deixem ninguém ver a cara de vocês e não conversem
com ninguém, não falem alto para que outros presos não os escutem, não falem
nomes e não ousem citar que me conhecem, senão vocês não sairão vivos daqui!
Entenderam?
-
Sim Capitão - falou Miguelito - nós nunca ouvimos seu nome!
Aproveitei pra reler os capítulos passados e é sempre legal a leitura aqui.Rica em detalhes. abraços,chica
ResponderExcluirObrigado Chiquinha!
ExcluirAproveitando para reler mais um capítulo.
ResponderExcluirAbraço
R. Que bom que gostou do livro.
Não posso precisar se lhe enviei o Rosa antes de ser editado, mas talvez sim. Na verdade tenho mais de 30 escritos, e o que me lembro é que em tempos lhe enviei um mas não sei se foi o Rosa,
Abraço
Fico contente quando me manda seus contos, porque não acompanho assiduamente lá no sexta!
ExcluirReli a parte 1 e li de enfiada os outros quatro.
ResponderExcluirO que posso dizer é que a história se lê com prazer (pena que não tenha os capítulos todos agora mesmo...). porque tem um bom enredo e uma excelente narrativa.
Não sei quantos capítulos terá a história, mas a narrativa e o assunto têm fôlego para um romance de 200 ou 300 páginas.
Excelente, fico ansioso à espera de mais.
Boa semana, caro amigo André.
Abraço.
Obrigado Jaime!
ExcluirTerá 10 capítulos.
A mania de cometer injustiças em nome de Deus já vem de longe!
ResponderExcluirContinuo a gostar do conto.
xx
E põe longe nisso, e o pior é que vem até hoje!
ExcluirContinuando a ler, bem escrito, o suspense está aí, até o próximo capítulo amigo André!
ResponderExcluirAbraços!
Obrigado Ivone!!!
ExcluirAndré: É um conto bem interessante! Passando para deserjar-lhe um bom dia! Abraços, meu amigo.
ResponderExcluirUm bom dia, e semana e mês pra você Adê!
ExcluirLi este é os anteriores e fiquei com pena de não ter mais. Fico à espera de mais. Um abraço com carinho
ResponderExcluirDe 3 em 3 dias!!
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