segunda-feira, 19 de março de 2018

Cadê o Chapolim?







Parece que nós estamos mesmo chegando ao fundo do poço.
O Brasil está retalhado, moído, destruído, esfacelado e os candidatos a herói nas próximas eleições são os mesmos bandidos de sempre...
A mídia comprada e corrupta apoia os meninos maus, e os intelectuais e formadores de opinião venderam a alma pro capeta.
Não sei não... Acho que dessa vez, se o povo não acordar a gente vai dar descarga e mandar o país para o esgoto. Isso é, se o esgoto nos aceitar!
Não temos escolas, não temos estradas, não temos hospitais, não temos justiça, não temos polícia, não temos nem forças armadas, não temos nada, a não ser o Pablo Vitar e a Jojo Todinho, que eu não ouso em falar mal, porque amanhã um monde de lunático aparece por aqui me chamando de ultrapassado, puritano e radical.
E para colocar mais azeite na nossa maionese estragada, nós ainda olhamos para países que conseguem a feito de estarem piores que nós e achamos bonitinho. Prestem atenção nos políticos apoiando os governos da Venezuela e da Bolívia. Mandem eles falarem para os venezuelanos voltarem para o paraíso... Ou melhor, deixem os venezuelanos aqui, e vão eles todos para a put... Ops! Quer dizer... Vão todos para a Venezuela, já que lá é tão bom, cambada de éguas.
Meu Deus, que monstro nós criamos... Acho que nem o Chapolim Colorado poderá nos defender.





terça-feira, 6 de março de 2018

Prefácio: A cabeça de Holofernes







Meu amigo Marcelo Rua, grande escritor, me deu a honra de prefaciar seu livro: A cabeça de Holofernes. 
Espero que tenha ficado à altura de sua grande obra.


Fiz amizade com Marcelo através da editora que publicou nossos primeiros livros, e por isso ganhei de presente: “Os dias voláteis”, que foi meu primeiro contato com sua escrita.
Confesso que fiquei até meio abobado, quando me peguei envolvido com o enredo e os personagens do livro.
O Marcelo conseguiu me transportar de volta para os anos 80, e me fez reviver muitas das minhas memórias, sem criar um sentimento nostálgico na leitura, pois a história apesar de ter referências dos anos 80, poderia muito bem ser vivida nos dias de hoje.
Seu segundo livro: “As vagas gigantes”, me caiu como uma continuação friamente calculada e bem escrita, para o que viria a seguir.
Os livros podem muito bem ser lidos separadamente, pois o leitor fica satisfeito com seus desfechos individuais, mas, pra quem leu o primeiro e leu o segundo, não poderia ficar sem o grande final: “A Cabeça de Holofernes”.
Engraçado que apesar de todos os livros serem muito bem escritos e interessantes, a gente consegue ver a maturação do Marcelo e como ele cresceu como escritor de um livro para o outro. Sua escrita melhora livro após livro e isso chega a emocionar quem o acompanha.
Justamente por isso, que eu considero “A Cabeça de Holofernes” como o melhor da trilogia, porque aqui, a história envolve muito mais o leitor, com pitadas de humor e sarcasmo na medida certa, que só com olhos atentos e conhecedores dos três livros é que podem notar. Os cenários são detalhados de uma forma que a gente consegue enxergar as nuances e minimalismos da descrição. Os sentimentos e atitudes dos personagens são claramente sentidos e falados por eles mesmos, as vezes irresponsavelmente e irreverentemente, e isso é maravilhoso, pois cada um parece ter vida própria e não são cópias mal acabadas do próprio Marcelo, como vemos em tantos livros, onde os personagens não tem personalidade, são superficiais e politicamente corretos à medida do que o autor acredita.
Desejo vida longa à carreira literária do Marcelo, e, como já lhe disse uma vez: ele é um autor que faz o cotidiano ficar interessante, e isso é para bem pouca gente!