Eu
sempre gostei de rock. Desde aquela fase em que a gente está saindo da infância
e entrando na adolescência eu sempre me interessei por rock e principalmente o
rock nacional.
Eu
me lembro de duas coisas que me marcaram muito: a primeira era um programa que
passava na TV Cultura de nome Boca Livre, apresentado pelo Kid Vinil e a Dadá
Cyrino.
Esse
programa era um festival de bandas, as vezes boas e as vezes muito ruins, que
iam se classificando a cada programa e no final do ano faziam uma grande final
e ganhavam como a melhor banda da temporada. Em todos os programas depois
dessas bandas novatas se apresentarem, existia uma apresentação especial de uma
banda um pouco mais conhecida. As vezes ela era conhecida do grande público
como Titãs, Ira!, Plebe Rude e as vezes era conhecida e tinha fãs apenas no
underground como era o caso de Inocentes, Varsóvia, Gueto, etc.
A
outra coisa que me marcou, foi um vizinho, um pouco mais velho, que tinha
muitos discos de rock e escutava em alto e ótimo som.
Através
da vitrola do Constantino eu conheci muita banda boa.
Bom,
porque estou falando isso?
Eu
estou falando isso, porque hoje, eu baixei a discografia do Legião Urbana, pela
milésima vez!
Eu
não sei porque, mas acho os últimos discos do Legião Urbana, principalmente na
fase terminal do Renato Russo, em que a AIDS estava vencendo, muito
melancólica. Não sei se é impressão minha ou se é mesmo melancólica. Mas o
negócio é que eu baixo a discografia, ouço algumas músicas e sempre deleto a
discografia. Como se isso fosse uma forma de dizer para mim mesmo, que esse sonho musical chamado Legião Urbana não acabou com a morte do Renato Russo.
Ele foi um cara muito importante na minha geração. Algumas pessoas
querem colocar o Cazuza no mesmo patamar que o Renato, mas pra mim a diferença
entre eles é enorme.
Hoje eu dei uma olhada na play list do meu notebook e comecei a contar os
artistas que já morreram: B.B. King, Bebeco Garcia, Jimmy Hendrix, Pinetop
Perkins, Joey, Johnny e De De Ramone, Redson do Cólera, J. B. Lenoir, Joe
Coocker, Celso Blues Boy, Johnny Cash e mais uma porrada de gente morta...
Depois de perceber isso eu resolvi que dessa vez vou manter a discografia do
Legião Urbana sem apagar, afinal, todos esses que listei acima, e mais alguns,
podem ter morrido, mas até hoje me acompanham em músicas que gosto e que me
fazem feliz e o Legião não pode ficar de fora.
Sou
feliz por conhecer de música e gostar de música, e eu acho uma grande pena que meu
filho está vivendo nesse grande hiato de qualidade musical.
Ainda bem que os velhinhos ainda lançam ótimos discos, apesar de estarem longe da grande mídia e assim eu posso fazer minhas listas de velhinhos e mortinhos para alegrar minha vitrolinha!
Ainda bem que os velhinhos ainda lançam ótimos discos, apesar de estarem longe da grande mídia e assim eu posso fazer minhas listas de velhinhos e mortinhos para alegrar minha vitrolinha!
Boa noite querido amigo Andre, nossa, amei ler aqui e também gosto muito de rock!
ResponderExcluirMeu neto mais velho, adora tocar guitarra!
Gostei do final de seu texto, tens bom humor também, pois é meu amigo, os velhinhos e os mortos alegram a sua e a minha "vitrolinha", rsrs!
Abraços apertados!
Oi André
ResponderExcluirTambém adoro rock nacional das antigas... Não é à toa que nossos adolescentes ainda gostam de Titãs, Legião Urbana, Irá, Capital...
Beijos
Ani
È preciso selecionar bem,senão o teu filho acostumará os ouvidos só com as "belezas" de hoje. Até que alguns se salvam, mas na maioria,nem te falo! Gostei de te ler e haja vitrolinha(aliás até ela tá morta,rs)
ResponderExcluirabração,chica
Não estou muito dentro do panorama musical do Brasil, na atualidade.
ResponderExcluirUm abraço