Eu
fico me perguntando como é que pode ter gente intelectual, letrada, sábia e ao mesmo tempo, egocêntrica e metida. Na minha opinião uma coisa não combina
com a outra!
Pra
uma pessoa ser intelectual, no mínimo ela deve ser uma pessoa que lê bastante,
que entende um da vida, das relações das pessoas através da história, que
estudou e que se interessa pelas coisas.
Uma
pessoa dessas, deve saber que nós não somos nada, que ninguém é melhor que
ninguém, e que não é a sabedoria ou a quantidade de conhecimento que uma pessoa
carrega dentro de sí, que lhe dá a proporção de ser mais ou menos que alguém
que não sabe tanto.
Eu
vejo essas reuniões de “imortais” de acadêmicos de artes e literatura, onde os
membros são tratados como seres acima da média da humanidade, e que aceitam
esse tratamento se achando mesmo mais importantes. Puxa... Como acho isso
triste!
Acho
triste, um cidadão ter certeza que é mais que o outro, que vale mais que o
outro, que merece mais que o outro, acho triste, ainda mais vindo de pessoas
que lutaram para absorver conhecimento, e que por isso mesmo deveriam ser
semeadores de humildade, semeadores de respeito pelo próximo, de amor entre as
pessoas.
Parece
que para algumas pessoas, o esforço que elas fizeram para se intelectualizarem,
o tempo que investiram em conhecimento e em estudo, as deixaram pessoas
carentes. Pessoas que tem necessidade de mostrar que sabem mais, que são mais,
que entendem mais.
Ainda
bem que algumas delas acabam entendendo o sentido da vida, e aprendem realmente
que o que importa é viver bem, e em comunhão com todos. Esses pra mim, são os
verdadeiros intelectuais, porque aprenderam nos livros, na sala de aula e na
vida. E a vida, ela ensina que hoje estamos em cima, amanhã estamos embaixo, e
que a fila da morte está aí pra todo mundo, e que o próximo pode ser você.
Em
uma reunião de magistrados, intelectuais de alguma academia de cultura alguém
fazendo a chamada pergunta:
-
Onde está o imortal da cadeira número trinta e cinco?
-
Morreu! – responde outro imortal que também está na fila da morte.
Impressiona mesmo,André o fato de alguns se ACHAREM mais que os outros e pena., isso anda solto por aí em todos os âmbitos... abração,tudo de bom,chica
ResponderExcluirObrigado Chiquinha!
ExcluirUm abraço.
Uma excelente reflexão André. Os "iluminados" também têm as suas fragilidades, também erram e também morrem, como os simples mortais. O pior é que eles não reconhecem isso, e cá para mim o facto de não o reconhecerem, mostra que não são "iluminados" coisa nenhuma Iluminado era Cristo, que sendo Deus, desceu ao nosso nível e nunca se mostrou superior, nem mesmo quando realizava os milagres.
ResponderExcluirAbraço
Verdade Elvirinha.
ExcluirMeu caro amigo, André Mansin!!!
ResponderExcluirQue alegria perceber que você tá de volta!!!
E já voltou com tudo, né?
Eu sou do tipo muito observadora, André e já estive envolvida com algum tipo de cenário onde as personagens são outras, mas a história é a mesma... Até escrevi uma coisa assim lá no blog uma vez: "um idiota homenageado é uma coisa dantesca" kkkk
O seu último parágrafo é formidável.
Um beijinho!
Que bom que você apareceu amiga!
ExcluirObrigado pelo comentário.
André, o mais alto nível da sabedoria é a simplicidade e dizem que não é dado ao saber humano conhecer a extensão de sua própria ignorância. Acho que somos irmãos em lógica aplicada, pois dois textos teus que comento, concordo com o conteúdo deles em tudo. Tive um amigo poeta, Marcos Konder Reis, que além de engenheiro civil, arquiteto e outras graduação na área das Humanas, como Museologia, tendo sido amigo e colega de Vinícius de Moraes, foi chefe do Departamento de Cultura do Itamaraty, e ele não aceitou ser membro da Academia Catarinense de Letras para não ser tratado de imortal. O nome imortal, creio que possa ser usado apenas depois do cara morto, se a imortalidade de suas obras persistirem. Exemplo: Einstein é um imortal tanto quanto um Machado de Assis ou Monteiro Lobato, porém um borra-botas qualquer que é guindado a uma academia ser chamado de imortal em vida, é demais; e ainda mais que um Sarney, a sarna do Maranhão é imortal morto e insepulto. Grande abraço. Laerte.
ResponderExcluirLaerte, que bom que você se identificou com meus escritos.
ExcluirTem gente que não concorda, mas isso também não é ruim, na verdade, quer dizer que estamos trocando idéias.
Gostei muito do seu blog e até já coloquei nos favoritos que índico.
Abraço!
Olá, André. Penso da mesma forma.
ResponderExcluirJá fui convidada para participar dessas 'academias de imortais' mas prefiro ser mortal.
"Vaidade das vaidades, tudo é vaidade!"
Hahahaha, e o pior é que a gente vê uns imortais que não fizeram nada para serem chamados assim né?
ExcluirQuerido amigo Andre, os humildes quase sempre são os mais sábios, pois humildade se aprende nos livros, nos bons livros e com a vida!
ResponderExcluirLer nos abre a mente, eu tive o privilegio de ler muito porque meus padrinhos tinham livraria, eu ajudava quando podia depois das aulas e ainda podia ler de graça, viciei-me na leitura, maravilhoso vício que me abriu a alma e o espírito!
Vaidade, eis o que é isso, nenhum de nós é melhor ou pior, cada qual em seu nível de aprendizado!
Amei ler aqui, que bom te receber lá no meu espaço!
Abraços apertados!
Oi Ivone!
ExcluirEu tive a sorte de ter uma professora que foi muito importante pra me apresentar o mundo dos livros.
O nome dela é Sônia e temos contato até hoje.
Muito obrigado por aparecer.
Um abração!
Um texto magnífico.
ResponderExcluirGostei muito, nomeadamente da divertida parte final.
Bom fim de semana, caro André.
Abraço.
Olá poeta!
ExcluirQue bom que apareceu!
Aí que está, meu caro. Tem intelectuais( o verdadeiro) e os intelectuóides. Como digo num poema, todo mundo pensa que é Freud.
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