Diogo era
uma pessoa cansada! Ele vivia o tempo todo correndo atrás do vento e vivendo de
migalhas. Sua vida era mesquinha e Diogo fazia sempre as mesmas coisas com as
mesmas rotinas e com pensamentos enraizados em sua cabeça, que não o deixava
olhar pra diante.
Tudo para
Diogo tinha que ter uma explicação, e nada poderia fugir da racionalidade. Ele
seguia todos os dias os mesmos passos e não conseguia ver porque as pessoas
achavam graça em pequeninas coisas da vida.
Diogo era
prático! Ele tinha tudo traçado em sua mente. Onde, quando e como ele iria
viver e conseguir as suas metas.
Um dia Diogo
chegou em casa e viu que tinha um cavalo parado do lado do seu portão.
Diogo olhou
para o cavalo e achou que ele estava com sede. Então ele entrou, encheu um
balde com água e trouxe até a calçada. O cavalo olhou pra ele como se estivesse
agradecendo, abaixou-se e bebeu muita água.
- Puxa, como
é que alguém tem um cavalo bonito desse e deixa ele aqui no meio da rua sem
água, - falou Diogo pensando em voz alta - o coitado está morrendo de sede!
Foi quando o
Aristides padeiro virou a esquina correndo e chegou até eles aflito. Chegando
perto do cavalo ele sorriu e acariciando a sua cabeça disse:
- Olá
amigo... Puxa você não quer parar um só dia hein!
Diogo vendo
aquela cena indagou Aristides:
- Porque
você deixou seu cavalo solto e sem água?
- Eu era
padeiro e entregava pães com esse cavalo puxando a carroça por mais de 10
anos. Todos os dias a gente fazia a mesma coisa. A gente entregava pão de manhã
e de tarde, sempre fazendo mesmo caminho todos os dias. Mas esse negócio de
padeiro entregar pão de carroça não dá mais certo hoje em dia, e eu não estava
ganhando mais nada com isso, eu já estava com a vida feita, com algumas
casinhas de aluguel e com uma chácara onde nós moramos, então resolvi parar de
trabalhar.
- E
abandonou o cavalo? - Interpelou Diogo nervoso.
- Não meu
jovem! - sorriu Aristides - Esse cavalo é como se fosse da minha família.
Acontece que ele foge de vez em quando e vem fazer o nosso antigo caminho de
tantos anos... Coitado ele nunca olhou para as coisas boas da vida, sempre
viveu tapado, só trabalhando todos os dias e nunca teve a alegria de viver
solto, por isso, agora ele não consegue ser feliz.
Aristides
então agradeceu a Diogo e foi embora puxando seu amigo por uma corda.
A medida que
os dois andavam e sumiam no horizonte Diogo foi refletindo e pensando sobre sua
situação: - Será que se eu continuar correndo e trabalhando tanto assim eu vou
encontrar alguém para me dar água, ou me guiar com uma corda no pescoço no
final da vida?
Que lindo! E que bela reflexão! Diogo agora vai repensar as atitudes! Adorei! E que olhar esse cavalo! abração,chica
ResponderExcluirMuito interessante. Oxalá o Diogo perceba realmente o sentido da vida depois dessa lição.
ResponderExcluirUm abraço e bom Domingo
Acho melhor tentar outras alternativas pra levar a vida de forma produtiva e agradável, viu? Não confie nisso de encontrar quem lhe dê água ou lhe cure as ferias, não vai rolar. "A humanidade é desumana", já cantou Renato Russo.
ResponderExcluirReflexão massa, meu caro André, seu paulista!
Hahaha...
Beijo.
André, amei ler aqui, bela reflexão, a rotina faz isso com as pessoas, elas deixam de viver outros horizontes e ficam "viciadas", nem sempre se pode contar com a ajuda no fim da nossa história, nem sempre!
ResponderExcluirAbraços meu amigo criativo, suas estórias são lindas!
Olá André,
ResponderExcluirÓtima reflexão você nos trouxe através do seu conto.
Ainda bem que para Diogo o caso do cavalo de Aristides serviu para abrir-lhe os olhos, fazendo-o repensar sua vida. Sempre é tempo de mudar os rumos equivocados que tomamos na estrada da vida. Há pessoas que vivem no automático, deixando de saborear a vida, que passa rápida demais
Grande abraço.
Bela lição meu amigo, que sirva para muitos Diogos que existem por aí.
ResponderExcluirAbraço
Muito bom amigo !
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