sexta-feira, 12 de abril de 2013

Mais uma ao som do blues



Antes de começar a ler, aperte o play.

Ele pegou uma mochila.
Dentro, colocou três cuecas, quatro camisetas, duas calças, quatro pares de meia, uma toalha e uma blusa de lã.
Colocou também uma escova, uma pasta de dentes e dois sabonetes.
Num bolso lateral da mochila, colocou sua carteira de identidade e seu CPF.
Deixou em cima da mesa da sala, o númreo e a senha de uma caderneta de poupança, e uma procuração para sua mulher passar as casas e os carros para seu nome.
Saiu...
No caminho até a calçada, fez um carinho no cachorro, e vagarosamente abriu e fechou o portão com cuidado para não acordar ninguém.
Ganhou a rua...
Ele virou aquela esquina, bem cedinho... As seis e meia, do dia quinze de janeiro de mil novecentos e oitenta e dois... Nunca mais se soube nada a seu respeito!
Uns o chamaram de covarde.
Outros o chamaram de maluco.
Outros disseram que ele morreu...
Outros disseram que ele se libertou, e que hoje deve estar feliz...


18 comentários:

  1. Provavelmente o saco estava pra lá de cheio.
    Bom fim de semana
    Abração

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  2. Estranho isso,né? Legal te ler! abração,chica

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  3. Acho que ele virou um maluco feliz :)

    Muito legal.

    um abraço!

    Eilan

    http://borderline-girl.blogspot.com.br/

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  4. Oi André
    Quantos não tem vontade de fazer isso e não tem coragem kkkkk.
    Bjos.

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  5. Anônimo12.4.13

    Fiz algo parecido, mas a coisa toda foi mais punk.

    Voltei a tempo de não morrer, o que foi bom.

    Bom texto!

    F.

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  6. Olá!
    Dedé,meu amigo
    me chamou a atenção, em seu post, que ele fez todos os preparativos para sair de casa...com certeza, na minha humilde opinião,ele foi buscar a felicidade em outro lugar.Se encontrou ou morreu...só puxando a cadeira e mais uma ao som de blues.
    Meu carinho
    Bom dia
    Bom final de semana
    Abaços

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  7. Grande Dedé, estou de volta mano, tudo resolvido por lá, e cara, intrigante essa 'sumida' deste sujeito, nem ouso sugerir o que teria acontecido com ele, mas no mínimo, não estava satisfeito com a sua vida atual, se estar melhor ou não, ninguém sabe. Ah, segundo a foto acima, ele também levou um guarda-chuva, kkk

    Abração pra ti mano.

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  8. Ele foi buscar o seu caminho (quem saberá qual?) e também quis privar a quem convivia com ele, da sua própria estranheza cotidiana. Será?

    Só sei que gostei disso, ainda mais acompanhado da magia do blues.

    Beijo, André.

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  9. Olá!
    Dedé meu amigo
    vim só agradecer o carinho de sempre e desejar um ótimo início de semana
    Abração

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  10. Olá André,

    Não posso dizer que foi 'legal' ele partir tão silenciosamente, mas com certeza ele não estava feliz e foi procurar se encontrar em algum ponto de planeta.

    Perfeito para se ler ao som do blues.

    Abraço.

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  11. Não gosto de partidas silenciosas. Quem fica precisa saber que não haverá retorno, para seguir em frente. Todos podem buscar outros caminhos, sem fugir. Bjs.

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  12. Embora devo dizer que essa é uma atitude que eu não concordo, também me sinto na obrigação de dizer que é uma reação que muitos já tiveram vontade nessa vida. Concordar, não posso; mas também não me sinto à vontade para fazer alguma crítica a esse respeito. André; um grande abraço meu caro!

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  13. Eu ando com essa vontade de sair por aí!
    Deve ser ótimo!

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  14. Eu ando com essa vontade de sair por aí!
    Deve ser ótimo!

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  15. Eu ando com essa vontade de sair por aí!
    Deve ser ótimo!

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  16. ELZE SIQUEIRA17.4.13

    Ja fiz isso e na escada do metro o amor me pegou!
    não voltei p/ aquela vida, mas comecei outra história, mais divertida e menos sofrida...

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  17. o play faz soar uma maravilha sonora!!
    o texto fala de alguma coisa que eu já quis fazer.
    mas acho que sou covarde.
    ou tenho muito a perder se o fizer.

    ô cabeção literato, quanto é que sai o livro novo da dupla dinâmica de sampa?
    quando publicar em papel o primeiro, me manda o preço e o autógrafo, hein?

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