Brasil, oito de setembro de 2025
Zéfa pegou a trouxa de roupas, colocou em um balaio e num galeio só, colocou o balaio na cabeça.
Da casa dela até o barranco do riacho eram quinhentos metros.
Ela levou sabão de cinzas e uma garrafa de café.
Chegando no riacho, Zéfa começou a lavar suas roupas e cantar músicas do terreiro do Zé Modesto, painho de reza.
Logo recebeu a companhia de Gertrudes e Maria Onorina, que também chegaram com seus balaios.
Onorinha trouxe biscoitos de polvilho, que no norte, tem o nome de "mentira", porque parece um pão de queijo, mas não tem nada a não ser: polvilho, água, sal e óleo.
Gertrudes trouxe cuscuz com ovo.
As amigas lavaram suas roupas, cantaram, tomaram café, comeram seus quitutes, deram boas risadas, fofocaram muito, e logo, voltaram para suas casas contentes, para fazer o almoço para seus maridos, que voltavam da roça.
Alessandra levou as roupas sujas até a lavanderia e colocou na máquina de lavar.
Apertou um botão.
Enquanto a máquina fazia seu serviço, ela pediu uma marmita pelo aplicativo e se sentou à mesa.
Abriu seu celular no Instagram para tentar descobrir as novidades de seus amigos virtuais.
Como é triste a vida de Alessandra.