Ele pegou a granada nas mãos...
Num instante, o destino de todas as pessoas dentro daquelas ruínas dependiam dele.
Do lado de fora, as tropas inimigas se posicionaram de tal forma, que todo o terreno da casa estava cercado. Não tinha como fugir.
A dois dias, o inimigo cada vez mais, avançava pela cidade e ganhava terreno. A previsão, era de que em menos de duas semanas, toda a cidade passasse a ser dominada por eles.
Do lado de dentro, apreensivo, ele pensava no que fazer: Se entregar, e assim, entregar os civis que se escondiam na casa; ou retirar o pino da granada, se sacrificando e sacrificando a todos em volta.
Ele sabia que as crianças e mulheres que estavam escondidas ali, se fossem pegas pelo inimigo, iriam ser violentadas, espancadas e consumidas, até a morte. Também sabia, que os idosos que estavam escondidos no quarto dos fundos, seriam usados de tabuleta de tiro ao alvo, e picados por balas de fuzil, até não aguentarem mais.
Qual morte seria melhor? Qual morte seria mais digna?
Ele pegou a granada nas mãos... O destino das pessoas dentro da casa dependia dele, e ele tinha que agir!
Mais uma vez, ele olhou para as mulheres no fundo da sala. Seus olhos marejaram e um fio de lágrima correu em seu rosto.
A guerra é assim, pensou: “As vezes, uma aparente derrota, nada mais é, do que um ato de heroísmo.”
Ele apertou a granada, puxou o pino, um clarão, seguido de explosão, fez as ruínas virem abaixo. Muitos inimigos foram atingidos por estilhaços.
Depois da poeira assentar, o capitão inimigo caminhou entre os destroços. Viu o corpo do soldado que detonou a granada. Notou que sua feição era de alegria.
Olá André!! Agradeço a sua visita lá no blog. Gostei do teu comentário por lá.
ResponderExcluirUm conto muito bem amarrado em um suspense que me prendeu a uma leitura atenta. Reflito que as vezes , a vida nos convida a um teste sobre nossos valores íntimos, mais caros. Temos que fazer uma escolha, assim como o personagem do teu texto. Ele fez. Optou por seus princípios. Tão raro isso numa época como a nossa em que muitos se vendem por tão pouco.
Parabéns, amigo gostei de vir aqui apreciar um texto tão bom.
Abraços
Obrigado pela visita Maria Lúcia!
ExcluirObrigado pelo comentário!
Um abraço!
André, estava fazendo um tour pelo seu blog, e li comentário de que vc tenha apagado comentários. Amigo , entre no interior do blog, como se fosse pra nova postagem ou editar algo. Procure em "comentarios" . Há uma caixa de spam . Se encontrar comentários perdidos por lá, marque que não é spam e publique. Não sei porquê ocorre isso, mas acontece muito. Todos os dias verifico nessa caixa. Espero ter contribuído. Abraços.
ResponderExcluirVou ver! Obrigado pela dica!
ExcluirMuito bom, André. Aliás como tudo o que tenho lido seu.
ResponderExcluirComo vão os livros.
Abraço e saúde
Que bom que gostou Elvira! Fico feliz!
ExcluirQuerido Andre, muito bom seu texto, teriam de morrer e morreriam de qualquer jeito, então a escolha de morte rápida deu a Vitória.
ResponderExcluirTriste todas as guerras, infelizmente estamos diante delas!
Muito bem escrito como sempre!
Abraços apertados, agradecendo o carinho da visita e comec
Verdade Ivone!
ExcluirObrigado pela visita!
Comentário *
ResponderExcluirUm texto hiper-realista e trágico de uma situação que só a guerra pode proporcionar.
ResponderExcluirExcelente, gostei imenso.
Continuação de boa semana, caro André.
Um abraço.
Olá, André, gostei muito de ler esse conto, tenso do começo ao fim, nos leve muito bem ao final da vitória. Sem dúvida o menor dos males teria de ser escolhido, o menos trágico. Muito difícil...
ResponderExcluirUm abraço. Aplausos para o ótimo blog.
Olá Taís!
ExcluirObrigado pelo comentário e pela visita!