sábado, 20 de dezembro de 2014

Hohohohoho!



Não sei viu... Posso parecer chato, mas porque algumas pessoas só se travestem de anjinhos no Natal?
Porque eles começam a dar seus sorrisos amarelos e tapinhas nas costas, em festas de confraternização, que na verdade não confraternizam nada?
Porque elas querem trocar presentes secretamente, se no ano inteiro, também secretamente, elas cochicham pelos corredores e falam pelos cotovelos mal de todo mundo?
Dizem que é o espírito natalino que amolece o coração e a pessoa deixa seu lado bom fluir e por isso ela fica mais sensível e amável... Mas esse tal de espírito natalino, pega até em quem normalmente tem espírito de porco?
Pessoas que vivem para pisar nas outras, que vivem querendo ganhar brigas e contendas, que vivem querendo ter razão em tudo, que vivem querendo mostrar que são superiores, que tem poder, que tem dinheiro e que tudo podem, agora na época do Natal, querem demonstrar que são humanas e humildes. Ah, gente... Vão catar coquinho na ladeira!
Eu desejo que o espirito natalino, esse consumista, do papai Noel, dos presentes, das promoções e das festas falsas de pessoas falsas, que se confraternizam falsamente, vão todos para a ponte que partiu.
Desejo também, que a gente aprenda, que o que deveria valer de verdade, não é o falso Natal, e sim, o simbolismo do nascimento de Jesus Cristo, que veio na Terra pra morrer sem pecados e assim levar sobre si os nossos pecados, (e olha que são muitos). Desejo que o nascimento de Jesus, faça ninho em nossas cabeças, inclusive na minha, e que a gente aprenda que sem humildade, e sem aceitar Cristo verdadeiramente, todos os dias da vida, nunca vai adiantar nada esse tal espírito natalino!
Viver maldosamente o ano todo e se transformar em anjo uma semana por ano não dá né?
Então, feliz natal a todos, divirtam-se, e deixem que o espírito, não do natal, mas sim, o Espírito Santo, entre verdadeiramente em sua vida, e a transforme em 365 dias de amor ao próximo, no ano que vem!






sábado, 13 de dezembro de 2014

Literatura policial


Acabei de ler um livro do Harlan Coben chamado: “Desaparecido para sempre”. Rapaz... Que livro bom! Daqueles que se lê sem piscar, de um fôlego só! Destruindo as páginas e querendo saber o que vem pela frente! Que legal!
Sabe, eu gosto demais de livros policiais, ainda mais quando as reviravoltas nos pegam de surpresa, e melhor ainda quando o autor vai jogando essas reviravoltas em momentos em que a gente menos espera. Livro bom esse; recomendadíssimo!
Eu fui dar uma entrevista num programa aqui da minha cidade, sobre literatura policial, e sobre o porquê eu resolvi optar por escrever livros desse gênero, mesmo sabendo que os autores brasileiros que abordam esse tema, tem um pouco de dificuldade de fazer algum sucesso.
Gente... Eu escrevo crônicas no meu blog, em jornais e revistas, escrevo contos, poesias e muito blá, blá, blá, mas quando penso em histórias grandes, quando tenho ideias grandes, só vem ideias assim: Ideias de histórias que prendem o leitor, que desafiam o leitor e que me fazem interagir e brincar com o leitor. Isso é que é legal! A interatividade, a descoberta, a alegria de ser desafiado a desvendar o mistério que só existia num primeiro momento na cabeça do autor. A alegria de entrar num mundo que não existe, e viver os sonhos e decepções de personagens que poderiam muito bem ser eu ou você!
Por isso que gosto de Harlan Coben, James Thompson, Sir Arthur Conan Doyle e tantos outros, que tem o dom de fazer tudo isso com a gente.
Eu sou suspeito de falar sobre isso, porque eu escrevi um livro, que graças a Deus, está vendendo muito bem, e tem recebido muitos elogios. Isso me deixa feliz, pois toda vez que alguém que eu nem conheço, me fala pelo facebook, por e-mail, ou pessoalmente, que o meu livro lhe trouxe bons momentos, e alguma felicidade... Puxa, isso pra mim é o máximo! Ainda mais quando essa pessoa passa a indicar meu livro e dizer pra todo mundo, de forma voluntária e gratuita, que meu livro é bom e que deveria ser lido!
Igual eu falo do Harlan Coben... Será que ele se sente igual a mim, ou será que eu sou bobão!  
Obrigado amigos, obrigado leitores, obrigado mesmo! Vocês são demais. Ah... E além do meu livro, leiam também: “Desaparecido para sempre”, o Halan caprichou nesse aí!




domingo, 7 de dezembro de 2014

Saber viver



 Ela chegou da rua exausta, trabalhou o dia inteiro na casa da dona Ester. Lavou, passou, secou, limpou, enquanto dona Ester tomava um chá com as amigas, para passar com mais alegria as horas enormes que o dia lhe trazia.
 Ela passou pela varanda com o balde enquanto dona Ester e suas amigas pareciam não lhe enxergar, ela passou pela varanda com a vassoura, com o rodo, com a roupa suja, com o sabão em pó e com sua dignidade ferida, pois em nenhuma das vezes ninguém nem olhou pra ela. Nem lhe ofereceram uma xicara chá, afinal ela não deveria gostar, pois seu paladar não era acostumado com essas coisas...
Seu dia era curto, e ao contrário das horas de dona Ester, seus minutos corriam e seu relógio lhe lembrava a cada instante que seu marido e seu filho, chegariam as seis horas do serviço.  As sete e meia o menino teria que entrar na escola, jantado e com a roupa impecavelmente passada, e agora ela lembrava que a roupa dele ainda estava no varal! "Deus ajude que não chova..."
Ela passou mais algumas vezes pelas animadas e cheias de chá amigas de dona Ester, quando ouviu uma delas falar, em como era chato a serviçal da casa ficar passando pra lá e pra cá bem na hora do chá! Ela engoliu em seco, e num breve instante teve vontade de voltar e falar um monte de coisas para essa infeliz. Mas tudo bem, o que lhe interessava no momento era o dinheiro do final do dia.
- Olha aqui o seu dinheiro, – falou dona Ester olhando pra ela – acho que não vou precisar mais dos seus serviços, eu não gostei das suas idas e vindas perto das minhas amigas...
- Mas o que a senhora queria que eu fizesse se a sua varanda fica no meio do caminho entre a casa e a lavanderia?
- Bom, como eu disse, eu não vou mais precisar dos seus serviços.
Ela foi embora cansada, humilhada e feliz... Passou no açougue, comprou meio quilo de carne moída e um quilo de músculo cortado em cubos, passou no mercadinho, e comprou cebola, cenoura e batata, passou no bar do seu Zé e comprou uma garrafa de refrigerante. Valeu a pena trabalhar hoje!
Ela chegou da rua exausta, trabalhou o dia inteiro na casa da dona Ester. Lavou, passou, secou, limpou e chegou em casa finalmente. Chegou na casa onde era tratada com carinho pelo marido, com amor pelo filho, com festa pelo cachorro e como gente pelas vizinhas. Ela fez um picadinho de cenoura com carne moída, fez um feijãozinho novo, um arroz branquinho e junto com sua família jantou alegremente. Depois ela e o marido conversaram sobre o dia, juntos arrumaram a casa e esperaram felizes o filho voltar da escola... A vida dela era assim, triste e revoltante em alguns momentos mas muito feliz no restante do dia, afinal, ela se amava e não desistiria da felicidade nunca!