Ontem eu assisti um programa no canal History 2
chamado “Decifrando heróis.” O programa analisava a história da sociedade
americana e a relação dela com os heróis da Marvel e da DC.
Na época da segunda Guerra apareceu o Capitão
América e a Mulher Maravilha para salvar o mundo contra os nazistas, depois da
guerra o Super Homem foi um bom moço que ajudou a educar os meninos e meninas
com bons modos e costumes. Na década de 60 o Homem Aranha apareceu refletindo a
sociedade jovem daquela época, com os mesmos problemas e questionamentos de um
menino de 16 anos.
Para os meninos nerds e excluídos, apareceu o
Hulk e o Coisa, que eram feios e excluídos, para os negros apareceu o Pantera
Negra e o Falcão, e mais tarde quando o movimento negro ganhou mesmo força,
apareceu o Luke Cage.
Depois da Guerra do Vietnã eles capricharam no
Homem de Ferro, que tinha em Tony Stark um vendedor de armas arrependido e por
aí vai.
Eu, que sempre fui fã de histórias em quadrinhos
desde criança confesso que fiquei um pouco decepcionado. Eu não sabia que os
heróis de certa forma serviram para manipular, ou pelo menos instituir uma
forma de pensar, que era a forma que o governo queria que as pessoas pensassem.
Meu Deus, como eu sou inocente.
Mas depois, nas minhas reflexões eu fiquei ainda
mais chateado quando percebi que o programa era americano, falando sobre heróis
americanos, e que eu como brasileiro, menino que ia na banca de jornais do seu
Chico comprar gibis desses heróis, também fui manipulado e nem era a forma que
o meu governo queria que eu pensasse!
Mas e hoje?
Hoje eu acho que os meninos e meninas estão
pensando e agindo da forma que o nosso governo quer que ele pense. Hoje os
nossos meninos chegam ao sexto ano do primeiro grau sem ser alfabetizado! Você
acredita nisso? Pois é, eu também não acreditava até que uma professora me
provou que trabalha com alunos de 16 e 17 anos, que estão na escola desde
crianças, que não tem problemas psicológicos e que ainda não são alfabetizados!
Esse texto agora vai se desdobrar em um problema
maior, e por isso, eu vou me dar ao luxo de escrevê-lo em capítulos, por isso
na próxima postagem nós vamos tocar em feridas.
Pensem no que eu escrevi e comentem pra gente chegar junto a uma conclusão na próxima postagem.
Não interessa aos governos investir na educação. Um pouvo instruído, é rebelde, não se deixa conduzir. Por isso os governos de quase todos os países vão cortando as verbas para a educação. Quanto mais analfabeto, mais fácil se deixa enganar, melhor para os governos
ResponderExcluirUm abraço e bom domingo
Concordo!
ExcluirQuanto mais ignorância do povo melhor pro governo.
hello, i'm new follower of your blog, can you follow mine?
ResponderExcluirhttps://amoriemeraviglie.blogspot.it/
Apesar de perceber desde jovem que bastante destas leituras e filmes de heróis e outros influenciava minha cabecinha e dos meus amigos_ "Porque nossas brincadeiras tinham muito a ver com isso" Penso que foi salutar.
ResponderExcluirÉ uma forma gostosa, lúdica de aprender a ler, entender frases, textos, aprender a criar e gostar da arte em geral.
E não levar à sério, uma criança tem um mundinho particular.
Posso estar enganado mas acho que ao jovem brasileiro não foi influenciado para o mal.
Quem se deixa influenciar ou é influenciado de forma inconsciente por filmes, leituras e até novelas tem a faculdade intelectiva bastante duvidosa penso eu.
As pessoas que não conseguem discernir entre o entretenimento de coisa séria penso que devem prestar mais atenção na vida e despertar um pouco mais o bom humor pra vida não ficar tão chata.
Seria bom ser influenciado pelos heróis brasileiros da Marvel como Mancha solar, Fogo (flama verde), Ya´Wara, Magma, Capitão 7, Sark Girl, Raio Negro, Miragem, velta, Lanterna verde, Nata,Xexéu e Jaguar kkkkk algumas de suas historias influenciariam para o bem.
Eu entendo que realmente existiu e existe alguns que tentam fazer a cabeça das pessoas, mas acho que é mais lá nos "ESTEITES" que a turma tem uma cabecinha TRUMPIDIANA.
Se falei bobagem me perdoe meu sobrinho estou meio velhinho ultimamente estou lendo Chico Bento e Ariano Suassuna.
Esse meu tio é o cara!
ExcluirConcordo sempre com o senhor!
Olá Andre, então... dediquei um tempo da minha vida a educação
ResponderExcluirTerceiro ano do ensino médio pessoal saíndo já da escola entende?
alguns não sabiam escrever? montar algum tipo de ideia mas o pior escrever
mesmo.
Resumindo... Depois de muitas verdades aqui e ali... Resolvi
plantar flores.
Vivemos em um país que a mídia faz a cabeça das pessoas facinho, facinho...
Existe sim exceções, mas o que prevalece por aqui é o pensamento coletivo, e um
coletivo péssimo em todos os fatores que agora não vem ao caso...
Bom post.
Se não te conhecia antes o blog, então... prazer em conhecer é que as vezes
esqueço por ande ando k, já que postagem lá na casa são feitas uma vez ao mês.
Boa semana.
Obrigado por aparecer e pela opinião.
ExcluirVai ser importante para a continuação.
Ótima reflexão meu caro, durante 8 anos fui professor universitário e presenciei o ingresso de alunos que sabiam ler, mas não interpretar o que estavam lendo, esses são piores que os analfabetos, acreditam que já sabem tudo e não conseguem formar uma opinião baseada em argumentos válidos. A influência de uma ou outra forma de pensamento só irá atingir seu objetivo se quem a recebe estiver com o maior de todos os vilões, a ignorância.
ResponderExcluirFraterno abraço.
Verdade Robson!
ExcluirQue legal que apareceu aqui!
Faz muito sentido, André; mas vou esperar o restante da publicação, para que possamos trocar ideias sobre o assunto. Vale a pena! Meu abraço, boa semana.
ResponderExcluirObrigado amigo!
ExcluirObrigada pelas palavras deixadas no meu "Ortografia". Passarei aqui outras vezes.
ResponderExcluirAbraço.
Gostei muito do seu texto. Acho que o problema também tem a ver com turmas enormes e falta de um acompanhamento individual. Além da política de " não pode reprovar ninguém". Certa vez eu dei aula de matemática para meninos do último ano do ensino médio que NÃO SABIAM DIVIDIR. Mas não eram aqueles números enormes ou quebrados, era da tabuada mesmo. Acho que eles deveriam ter tido algum reforço ou acompanhamento ou mesmo professores presentes, já que um dia cheguei naquela escola e faltaram 10 professores. Lamentável.
ResponderExcluirAh, e gostei da sua citação dos quadrinhos. Nunca os li mas gosto muito dos filmes, tanto Marvel quanto DC. Mas não fica só nos quadrinhos, em inúmeros filmes existe essa exaltação sobre os Estados Unidos. Deve ser por isso que o estadounidense gosta tanto do próprio país e deve ser por isso que o brasileiro odeia, na maioria das vezes, o próprio país, embora corrupção e todos os demais problemas de qualquer governo estão presentes em todos os lugares. Nada é perfeito, tem lugares melhores ou piores, mas sempre há de haver motivos para queixas. Eu é que acho que não há nada perfeito e apesar de tudo, gosto do meu país e me esforço para termos um país melhor.
Acho que me excedi um pouco, mas foi porque gostei muito do seu texto.
Abraços
Não se excedeu de forma alguma!
ExcluirAdoro quando trocamos ideias!
Um abraço!
Os quadrinhos americanos exportam um ideal de vida tipicamente americano, o famoso american way of life? Sim, claro. Mas os mesmo também sempre discutiram temas que refletem a sociedade em seus devidos momentos de publicação. Vejamos: o que é o Superman senão o típico caso do imigrante que só quer fazer o melhor para sua nova nação mas que a todo momento levanta dúvidas e infligi medo naqueles que ele só quer proteger? E os X-Men que nada mais são do que as varias minorias da sociedade que tem que lutar todos os dias para serem aceitas e terem direitos? Pegue histórias recentes da Marvel como Guerra Civil que coloca temas atuais dentro da discussão dos heróis, coisa que Invasão Secreta (olha o tem imigração de novo) e Reinado Sombrio também fazem, lembrando que todas estas histórias foram escritas durante os governos Bush nos EUA e que todos sabem como foram complicados. E não se engane, pois o que os governos ( todos eles) sempre quiseram e ainda querem é massificar o pensamento, e realmente é triste vivermos em uma sociedade em que a progressão continuada na escola é algo tratado como natural, pois isso acaba gerando uma nação de analfabetos funcionais. Só não entendi qual a relação dos quadrinhos, que são e sempre foram um hábito extremamente de nicho com a situação do analfabetismo.
ResponderExcluirOi Guto! Que legal que apareceu por aqui.
ExcluirA relação dos quadrinhos com o analfabetismo já vai aparecer nas próximas postagens.