Robert
Johnson, começou a tocar guitarra por volta dos anos 1920, mas ele só foi fazer
um relativo sucesso na década de 1930. Naquela época os músicos de blues
viajavam de cidade em cidade, principalmente do Delta do Mississipi e tocavam
em qualquer lugar que abrisse as portas para eles. Geralmente, lugares que não
eram muito recomendados para menores de 18 anos.
Drogas,
bêbados, prostitutas, matadores, trabalhadores da roça de algodão, casais
informais, e gente que queria apenas diversão, eram a maioria do público dessas
bibocas, que além de perigosas, eram maravilhosas.
Quem
viu o jovem Robertinho tocar no começo de sua carreira dizia que ele era pior
que pinga quente, mas "milagrosamente" depois de alguns anos de
reclusão, onde não se sabe bem para onde foi, ele reaparece tocando feito um
demônio!
Digo
feito um demônio, porque, (à boca pequena), os fofoqueiros de plantão, pregavam
que Robert Johnson fez um pacto com o capeta em uma encruzilhada e que o
caramunhão, depois de afinar seu violão, disse que ele faria sucesso, mas que
depois teria que pagar com sua alma!
Não
se sabe muita coisa dessa época, e muitas lendas giram em torno desses
bluseiros antigos. As notícias se espalhavam mais na base do boca à boca, e os
pobres, geralmente afro-americanos, que eram os principais consumidores de
blues, não tinham acesso à imprensa.
O
negócio era tão doido nessa época, que um gaitista chamado Sonny Boy Willianson
tocava acompanhando os principais artistas que se apresentavam nas mesmas
bibocas que o Robert Johnson e era considerado por todos um músico
excepcional.
Sabendo
disso, um outro gaitista começou a se apresentar com o mesmo nome. Ele tapeava
o povo, porque enquanto estava em uma cidade o verdadeiro estava em outra, até
que um dia, Howlin Wolf, um músico reconhecido e famoso em toda a região,
questionou o impostor Sonny Boy, que em sua defesa, disse que à partir daquele
momento iria se chamar: Sonny Boy Willianson II.
O
caso não foi levado adiante, porque dizem, que os dois Sonnys nunca se
encontraram cara a cara e também, porque o segundo Sonny Boy, tocava melhor que
o original.
Nos
anos 40 e começo dos 50, o blues saiu do gueto das pequenas cidades rurais e
chegou até a cidade grande e esse Sonny Boy Willianson II, até participou de
especiais de TV.
Voltando
ao Robert, ele foi o primeiro dos artistas famosos que morreu aos 27 anos.
Vocês sabem da maldição dos 27 anos, né? Se não souberem eu conto outro dia.
Uns
dizem que ele caiu no palco uivando feito um lobo, andando de quatro e
espumando pela boca enquanto uma luz vermelha apareceu dentro do bar e uma silhueta
com chifres dava chicotadas nele. (A parte da luz e da silhueta foi eu que
inventei pra ficar mais legal).
Mas
a história oficial é a de que ele andou flertando com a mulher do dono do bar
onde estava cantando e esse cara colocou veneno no uísque do Robertinho.
As
músicas do Robert Johnson caíram em um curto esquecimento, mas nos anos 60 e
70, artistas de rock influenciados pelo antigo blues do delta do Mississipi,
reviveram essas canções e o que é mais incrível: Todas as 29 músicas que ele
compôs, chegaram em diferentes momentos entre as 10 melhores da parada da Billboard
e ele foi considerado pela crítica especializada, o músico mais influente do
século 20.
rapaz, eu já tinha lido essa do pacto com o capiroto. tudo lenda urbana. Eu adoro blue e jazz e seus músicos pretos maravilhosos, apesar que brancos também se aventuraram no terreno.
ResponderExcluirTem essa lenda e outras.
ExcluirJá assistiu o filme: A encruzilhada? É muito legal.
Alguns brancos como Johnny Winter que é até albino, e Eric Clapton, são sensacionais.
Um abração Dudu.
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirAssisti A Encruzilhada, muito bom.
ExcluirÉ mesmo. Já assisti algumas vezes.
ExcluirComo vai André? Caramba, você trouxe uma lenda do Blues e Jazz das antigas mesmo...Nem eu editei uma música tão rara assim no meu canal no YouTube até hoje, apesar de apreciar bastante. Mas Nina Simone me representa muito neste quesito, inclusive tem um documentário dela na Netflix que é maravilhoso.
ResponderExcluirBem, voltando ao grandioso Robert Johnson, a história de vida dele foi bem atribulada e ele partiu de uma maneira estranha e precoce demais...Mas naquela época as pessoas morriam jovens e sofridas, pois a vida era difícil, ainda mais para músicos negros. Só sobravam os piores locais para se apresentarem à noite. Pena que ele só teve o reconhecimento que merecia depois de morto, mesmo sendo tão talentoso com sua guitarra e músicas autorais, como é com a maioria dos artistas, seja na música ou na arte. Até me lembrou Van Gogh, como sofreu o moço e hoje seus quadros valem milhões e ele morreu na miséria. Ahh e essas lendas de pacto com o diabo são bem assustadoras não é? O interessante é que por trás de um sucesso meteórico sempre tem uma lenda neste sentido...Será que é para desmerecer o talento do artista? Só sei que a tal da Encruzilhada, lá do pacto do Robert, tem uma energia carregada ( são as pessoas que visitam que dizem isso). Eu nem quero saber de ir para lá....rsrs
Adorei a sua narrativa, todas as histórias envolvendo música me atraem demais!!
Valeu André!!!
Maravilhoso ingresso em outubro!!!! :)))))))
Olá Adriana! essas lendas do blues dos anos 30, 40 e 50 são muito interessanntes. Eu amo blues.
ExcluirNo caso do Robert Johnson o que mais intriga, é ele ser o primeiro do clube dos 27, né?
Mistério!!!
Um abração minha amiga!
Boa tarde de sábado, André!
ResponderExcluirNão é meu estilo favorito, confesso...
Entretanto algo encontrei aqui muito verdadeiro:
"A gente sabe que o americano acha que o mundo gira emtorno do umbigo dele".
Nem só eles...
Mas lá têm algumas coisas boas como têm em todo lugar. Até os que primivem guerras.
Tenha um final de semana abençoado!
Abraços fraternos de paz
*promovem guerras
ExcluirIsso mesmo minha amiga! Os americanos se acham os donos do mundo!
ExcluirE tem gente aqui, que acha que eles estão certos!
Um abraço!