sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Cancelaram o Natal???

 




Ouvi dizer que o Natal seria cancelado! “Eita! mas por quê?” — pensei assustado.

Fui pesquisar se esse boato era verdadeiro e descobri que era mesmo! Ou pelo menos, poderia ser.

Nas minhas pesquisas, descobri que acreditar em Jesus se tornou quase que um tratado político, e que apenas os conservadores ainda acreditam nessa conversa mole. Descobri que reunião em família, com ceia, alegria, troca de presentes e espírito natalino não passa de uma tradição exploradora e repressora, a não ser, que se elimine o conteúdo espiritual da festa. Aí pode até ser que os smartfones se desliguem e que as pessoas possam conversar por alguns instantes.

Pra quê falar que Jesus nasceu em 25 de dezembro, se estamos preocupados em ajudar o velho Noel a esvaziar seu saco de presentes? Pra quê acreditar que o menino que simbolicamente nasceu hoje, (pois não temos a data correta de seu nascimento), veio ao mundo, para salvar a todos que nele acreditem e que o aceitem como único e suficiente salvador? Logo no Natal vocês vem com uma conversa dessas?

E na África? E na China? E nas nações muçulmanas? Lá nem Jesus e nem o papai Noel chegam? E como que faz? Eles não comem peru e nem panetone?

Esse é o tal espírito natalino?

Olha... Pra ser sincero, a China não acredita, mas enche o mundo com seus pisca-piscas, renas de plástico, bonecos de neve, e tudo o que é “plesente natalino plos tloxas dalem pala sua família”.

Os muçulmanos, budistas, zoroastristas, e crentes em outras religiões que não seja cristã, não aceitaram Jesus mesmo não! Mas a culpa é de Jesus?

Na África, em países extremamente pobres, na América latina e até em nichos da América do Norte e Europa, pessoas vivem em condições sub-humanas, mas isso não é só no Natal, não é culpa do papai Noel e nem de Jesus. A culpa é desse safado chamado: homo sapiens! Esse malandro não pensa no próximo o ano inteiro, joga seu lixo no quintal do vizinho e quando chega o Natal, alguns festejam sem peso algum na consciência, enquanto outros protestam nas festas de família, (mas sem deixar de morder na coxa do peru), porque sabem que passaram o ano inteiro e nem uma cesta básica levaram pra ajudar um necessitado em sua cidade!

Cristãos olham para pessoas dormindo em bancos de praças como se estes fizessem parte da paisagem, e não cristãos fazem a mesma coisa, mas acusam os cristãos de serem hipócritas.

Peraí homo sapiens! Ajudar alguém, reunir com a família, respeitar a crença do outro, sorrir, cantar, e se importar com a África não depende de religião! Isso é humanismo!

Hoje é Natal! Os cristãos acreditam que Jesus nasceu hoje. Os chineses acreditam que fazer bonequinhos de papai Noel é legal e quanto mais melhor. E apesar do movimento “cancelacionista” parece que nada vai mudar!

Infelizmente, pessoas que não respeitam a crença dos outros, pessoas comendo sobras, países morrendo de fome, países que estão sofrendo com governos repressores onde só uma pequena casta vive em boas condições, e gente reclamando da uva passa no salpicão, nunca vai acabar.

Sabem por quê? Porque o homo sapiens não gosta de uva passa!

Um feliz Natal a quem entende!

E um próximo ano novo com mais próximos, mais desprendimento de nosso mundinho e que no final do ano que vêm, mais pessoas possam ter em suas mesas, salpicão com uvas passas. Que comam, sem reclamar. Que aceitem quem aceita a Jesus e que encham mais o saco do papai Noel com porcarias chinesas!  

Feliz Natal!



sábado, 11 de dezembro de 2021

Meu novo "filho!"




Uma garotinha chamada Manoela, de oito anos, foi raptada por sequestradores profissionais.

Esses sequestradores exigiram dos pais da menina, o pagamento um milhão de reais e garantiram, que se não houvesse o pagamento, eles nunca mais veriam sua filha com vida.

Acontece, que o pai da Manoela é servente de pedreiro e a sua mãe, uma manicure!

Num primeiro momento, Luiz, o pai de Manoela, tentou resolver as coisas agindo por conta própria, pois os sequestradores explicaram que se a polícia fosse envolvida no caso, a menina poderia ser mutilada ou morta.

Raquel, a mãe da Manuela, temendo o pior, tanto por sua filha, quanto por seu marido, contatou os investigadores Alberto e Teixeira, que assumiram o caso, mesmo sem envolver toda a polícia para não causar alarde.

Esse é o fio condutor, que ligará os pontos na história do meu novo romance policial chamado: Contagem Regressiva.

Perguntas lógicas martelarão na cabeça dos investigadores, do delegado, do pai, da mãe de Manuela, e até dos leitores:

Por que sequestradores profissionais raptariam a filha de um servente e de uma manicure?

Como esses sequestradores pediram um milhão de reais, se parecia claro que os pais da menina não teriam como pagar?

Os pais da Manuela realmente não teriam como pagar?

Seria esse sequestro um acerto de contas?

Os pais da Manuela teriam algum segredo que escondiam até da polícia, mesmo botando em risco a vida de sua filha?

Quem sequestrou a pequenina Manoela? Quem era o mandante?

No decorrer da trama, os investigadores percebem que esse sequestro não era o que parecia ser. Pessoas importantes, pistas inacreditáveis e caminhos difíceis de entender, pipocam à todo momento, complicando cada vez mais o rumo das investigações.

Alberto e Teixeira, os mesmos investigadores do meu primeiro livro: “Você vai saber por quê”, voltam para solucionar esse sequestro, só que dessa vez, a tensão por envolver uma criança no caso, pode fazer com que os dois melhores investigadores da cidade de São Paulo, cometam alguns deslizes que podem ser fatais tanto para eles, quanto para a pequenina Manoela.

Tensão, humor, espanto, surpresas, reviravoltas, tristeza, ação e um final surpreendente. Isso é tudo que eu prometo com esse meu novo “filho”, que agora está à venda na loja da editora Uiclap.

Cliquem no link abaixo, adquiram seu exemplar e divirtam-se!


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sábado, 9 de outubro de 2021

Empoderamento x liberdade

 






Esses dias, conversando com um amigo tatuador que fez uma tatuagem no rosto eu falei:

— Rapaz, mas pra quê fazer uma tatoo dessas no rosto?

— Eu também não gosto, — ele disse com meio sorriso no rosto — mas tive que fazer como sinal de empoderamento.

— Como assim?

— Simples! Fazendo uma tatuagem no rosto eu provo para a sociedade que eu sou livre de suas regras, que faço o que quiser e não devo nada pra ninguém.

Depois que ele foi embora eu fiquei pensando: "Essa necessidade de provar para a sociedade que é livre e não deve nada pra ninguém já não seria uma falta de liberdade?"


domingo, 4 de julho de 2021

A provável capa do meu novo livro.

 



Gostaram???


quinta-feira, 24 de junho de 2021

A ilha do tesouro



 

 

Quando eu tinha quatorze anos mais ou menos, eu era um avido leitor. Lia quadrinhos, revistas e livros geralmente emprestados na biblioteca da escola onde estudava. Falando nisso; que biblioteca maravilhosa! Com livros luxuosos, raros e impecavelmente cuidados pela “moça chata que não dava mais de duas semanas pra gente ler qualquer livro, fosse ele do tamanho que fosse.”

Eu já havia lido, Dartagnan e os três mosqueteiros, As aventuras de Simbad o marujo, As aventuras de Guliver, Hobin Hood, muitos livros da coleção Vagalume e mais alguns clássicos infanto-juvenis muito famosos, até que um belo dia, a “moça chata que não dava mais de duas semanas pra gente ler qualquer livro, fosse ele do tamanho que fosse”, me chamou e disse:

- André, hoje eu vou escolher um livro para você ler.

- A... a senhora?

- Isso! – respondeu ela se levantando e buscando um livro na prateleira onde se lia: Clássicos, literatura europeia. – Esse aqui! – falou, estendendo a mão e me entregando: A ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson.

- E por que a senhora quer que eu leia esse livro?

- Porque eu tenho acompanhado suas leituras e acho que já está na hora de você ler esse livro. Vou te dar duas semanas.

- Ah é? – respondi olhando o livro relativamente pequeno nas minhas mãos. – Uai? Livros de 400 páginas a senhora também dá duas semanas, por que esse de cento e poucas a senhora vai me dar as mesmas duas semanas?

- Porque você vai ler esse livro duas ou três vezes seguidas.

- Vou? A senhora está me mandando fazer isso?

- Não! O livro vai te mandar fazer isso e você não vai resistir.

Gente! Essa “moça chata que não dava mais de duas semanas pra gente ler qualquer livro, fosse ele do tamanho que fosse” sabia do que estava falando!

O livro “A ilha do tesouro”, foi escrito em 1883, de uma forma inovadora. Ele tem dois narradores: O narrador onipresente, comum em 90% dos livros e o jovem Jim Hawkins, que é o herói da história. O engraçado é que esses narradores se entrelaçam e contam a história sob seus pontos de vista e em nenhum momento você se perde no assunto, ou se confunde com quem está “falando com você.”

O clima do livro é tão cativante que não tem como você não ser absorvido pela leitura! Não tem como você não virar um pirata ou um aventureiro perdido no mar. É mágico!

Hoje, trinta e tantos anos após esse dia, eu percebo que tudo, exatamente tudo o que existe em histórias de piratas no cinema, nos quadrinhos, nos desenhos e até em histórias de aventuras e mistério, ou se inspiraram na “Ilha do Tesouro”, ou se inspiraram em alguma obra que se inspirou nele. Pasmem, até em Guardiões da galáxia, o primeiro filme da Marvel, a gente vê traços da “Ilha do tesouro.”

Para mim, foi uma das obras mais importantes que li, mesmo, lógico, sabendo que é uma obra clássica, mas, infanto-juvenil.

Eu não me lembro mais o nome da “moça chata que não dava mais de duas semanas pra gente ler qualquer livro, fosse ele do tamanho que fosse”, mas tenho um grande amor por ela, guardado aqui em meu coração! Amor e agradecimento.

Depois de alguns meses ela “escolheu” outro livro para mim: O tempo e o vento de Érico Verissimo, mas essa história vou contar outro dia!

Hoje, é dia de indicar para vocês: “A ilha perdida, de Robert Louis Stevenson.” Um livro que vai te consumir, entrar na sua cabeça, te encantar e te fazer acabar de ler, voltar à primeira página e começar a ler novamente! Eu li, três vezes em duas semanas!

É... A “moça chata que não dava mais de duas semanas pra gente ler qualquer livro, fosse ele do tamanho que fosse”, podia ser chata na época, mas hoje é minha amiga. Uma amiga que sabia muito das coisas. Uma bibliotecária que fazia jus ao seu salário e ao amor pelos livros!

Deus a abençoe, esteja ela onde estiver.